Este não é um
buraco qualquer, é um buraco com história. E por isso vem às páginas deste
blogue dedicado a quem ama Lisboa.
A história
deste buraco começa em Julho passado, na Avenida dos Estados Unidos da América,
sentido descendente para a Av. Almirante Gago Coutinho, quase em frente do
entroncamento da Rio de Janeiro e sensivelmente à porta da REN. Em Julho, o
buraco manifestou-se através de um abatimento do piso da Avenida, de forma
elítica e com cerca de um metro de comprimento. Ao fim de uns dias, o buraco
foi cercado por uma vedação e remendado. Menos de duas semanas depois o buraco
estava de novo a dar sinal de vida. E o tratamento do buraco repetiu-se.
No final de
Agosto novo abatimento do piso já estava outra vez a tomar a forma de buraco. A
terceira operação de resgate foi imponente e mais demorada, prolongando-se por
Setembro. Grandes máquinas foram deslocadas para o local - e guardadas dia e
noite por dois agentes da PSP - e entraram em ação. Do que se tratou, afinal,
foi de dotar aquele troço da Avenida de novo tapete. E já que se estava com a
mão na massa e nas máquinas, atapetaram-se as duas vias - descendente e
ascendente - da Avenida dos EUA.
O buraco
voltou a ser o que era a meio da terceira semana de Outubro. Aí está o buraco
que agora já não é apenas um mas dois. O original é o que está fora da vedação.
Erro de
diagnóstico? Erro de terapia? Em boa verdade, o buraco tem algumas semelhanças
com o País e a crise.
Texto de João
Francisco. Fotos do Beco das Barrelas / Direitos reservados
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