Quando o Zé Cacilheiro era rapazote levou consigo no bote "uma varina atrevida". Assim reza a crónica de Paulo da Fonseca, na música de Carlos Dias e na voz do grande José Viana. Depois, com o tempo, "a idade foi chegando, o cabelo branqueando... Mas o Tejo é sempre novo". Quanto ao cacilheiro cá continua, "comboio de Lisboa sobre a água", escrevia, como só ele, o poeta José Carlos Ary dos Santos. O Tejo desagua à vista de Lisboa. E nem Lisboa nem o Tejo seriam o que são sem a companhia do outro. Para os lisboetas, o Tejo é um caudal de história, de vida, e é também um logradouro, que corre para o mar mas permanece para que a Cidade se veja no espelho das águas. Atravessar o Rio é a pequena aventura náutica diária para milhares de trabalhadores. Mas é também o imenso prazer de ver a Cidade e a Outra Banda como o Tejo as vê, do meio das águas, quando se atravessa de uma margem para outra para o trabalho, para a praia, na Costa da Caparica, ou para uma simples sardinhada, ao domingo, no cais do Ginjal.
Nota: O Raul Solnado fez a travessia no Outono / Inverno. E em vez de comer sardinhas, meteu-se numa grande caldeirada.
Texto João Francisco. Foto Francisco João (direitos reservados)
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ResponderEliminarColoca a fotografia "à esquerda" (não te deve ser difícil...) e assim ela fica ao centro (em política também acontece isso...). As fotos grandes "saem" sempre pela direita (coisa que não é inédita...)
ResponderEliminarUma excelente ideia e ficarão memória de Lisboa a dois, para sempre. Tempo de qualidade.
ResponderEliminarBeijinhos
S.
Uma ideia genial. Visiei o blog e recomendo.
ResponderEliminarJ . A.