quarta-feira, abril 29, 2015

Sala a sala vai fechando o cinema em Lisboa

O último cartaz do Fonte Nova
No dia 21 de Maio, quando terminar a projecção dos filmes em exibição nas salas do Fonte Nova, termina a sessão e acaba mais um cinema. As salas de cinema do centro comercial Fonte Nova vão encerrar ao fim de 20 anos de exploração pela Medeia Filmes. É mais um cinema de bairro que fecha, engolido pela voragem das grandes superfícies. Os cinemas do Fonte Nova não resistiram à concorrência das nove salas do Colombo e à televisão.
Com o encerramento das salas do Fonte Nova, a exibidora Medeia Filmes fica reduzida ao Monumental, com programação regular, e ao Nimas, com carácter temático. 
Em 2013 fechara o cinema King.

Não são boas notícias para os cinéfilos e frequentadores de espaços culturais em geral. 
Bairro a bairro, Lisboa já tem mais cinemas e teatros fechados do que abertos. Em três anos, este blogue já registou o fecho dos cinemas Quarteto, Londres, King e agora do Fonte Nova.

Arte urbana de Lisboa tem visitas guiadas

Todos os sábados, entre as 14 e as 17 horas, a Galeria Underdogs leva visitantes de Lisboa a percorrer a exposição de arte pública patente nas paredes da cidade.

Acompanhados por um guia, e viajando de miniautocarro, os visitantes partem do Mercado da Ribeira, onde está sediada a Underdogs, e seguem um percurso que acompanha as mais notáveis pinturas de arte urbana “expostas” em Lisboa, com passagem por Marvila, Xabregas e Alcântara, ou a Quinta do Mocho, em Sacavém.
Paragens obrigatórias são no Jardim do Tabaco, para observar obras de Pixel Pancho, em Marvila, para ver na rotunda da Rua do Vale Formoso de Cima o grande mural de Pedro Álvares Cabral desenhado pelo brasileiro Nunca, na Avenida da Índia, onde “expõe” Vihls.
Inscrições na Galeria Underdogs, Mercado da Ribeira, ou pelo telefone 21 868 0462.
Foto Beco das Barrelas

terça-feira, abril 28, 2015

Pessoas ao volante atropelam pessoas a pé

As freguesias lisboetas de Alvalade, Avenidas Novas, Arroios e Benfica registaram, entre 2010 e 2013, um maior número de atropelamentos face às restantes, representando quase um terço do total destes acidentes na cidade, segundo o município.
Nesse período, os atropelamentos na cidade provocaram 2.746 vítimas - 2.539 feridos ligeiros, 180 feridos graves e 27 mortos -, equivalendo a um número médio de 60 vítimas por mês, de acordo com os dados mais recentes, fornecidos pelo pelouro dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa a propósito do Dia Europeu da Segurança Rodoviária, que hoje se assinala.
Em 2013, os atropelamentos representaram cerca de um quarto do total de acidentes (aos quais se somam os despistes e as colisões, por exemplo), mas tiveram um peso de mais de 60% no total de vítimas mortais.
No mesmo ano, um em cada 10 idosos teve ferimentos graves ou mortais, devido a atropelamentos, enquanto este tipo de ferimentos teve um peso menor nos adultos (7%) e nos jovens (6%).
De acordo com a autarquia, o tipo de atropelamento mais comum, nos anos analisados, foi aquele em que o peão atravessava a passadeira (em zebra). De facto, as vítimas de atropelamentos em passadeiras (em zebra ou luminosas) correspondem a 43% do total.
Em 2013, quase 5.500 pessoas foram atropeladas em Portugal continental. No concelho de Lisboa, os acidentes provocaram 670 vítimas, mais de 12% do total nacional, segundo informações da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

domingo, abril 26, 2015

Inaugurado no Aljube o Museu da Resistência e Liberdade

Mas eu é que não pude ainda por meus passos
Sair desta prisão em corpo inteiro,
E levantar âncora, e cair nos braços
De Ariane, o veleiro.
Lisboa, Cadeia do Aljube, 1 de Janeiro de 1940
Miguel Torga

O Museu do Aljube, apresentado como "um espaço de memória e de evocação da luta pela liberdade e da resistência à ditadura em Portugal", foi inaugurado no dia 25 de Abril de 2015 na antiga prisão política da ditadura, em Lisboa.
O edifício foi entregue em 25 de Abril de 2009 pelo Ministério da Justiça à Câmara de Lisboa. O projeto de adaptação da antiga prisão é dos arquitetos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira. Concluído o projeto arquitetónico, seguiu-se o programa de conteúdos expositivos. Este novo museu municipal instalado na antiga cadeia do Aljube, pretende apresentar um retrato alargado da história contemporânea portuguesa, cobrindo múltiplos aspetos da resistência contra a ditadura e da luta pela liberdade.


Presume-se que o Aljube tenha sido uma prisão política a partir de 1928. Aí eram encarcerados, interrogados e torturados pela polícia política os presos do sexo masculino. Nos anos 40 do século passado, o espaço acolheu muitos dos presos políticos durante a fase de interrogatório, que decorria geralmente na sede da polícia política do regime do fascismo (PIDE), na rua António Maria Cardoso, em Lisboa. 


Pelas celas do Aljube, como presos políticos, passaram Alfredo Caldeira, Alfredo José da Costa, Álvaro Cunhal, António Borges Coelho, Arlindo Vicente, Artur Pinto, Carlos Brito, Crisóstomo Teixeira, Domingos Abrantes, Edmundo Pedro, Fernando Rosas, Francisco Miguel, Francisco Paula de Oliveira (Pável), Henrique Galvão, Hermínio da Palma Inácio, Hipólito dos Santos, Jaime Serra, Joaquim Pinto de Andrade, José Luís Saldanha Sanches, José Manuel Tengarrinha, José Mário Branco, José Medeiros Ferreira, Mário Lino, Mário Soares, Miguel Torga, Nuno Teotónio Pereira, Raúl Rêgo, Urbano Tavares Rodrigues, Vasco Granja.

Evadiram-se da cadeia do Aljube: Emídio Guerreiro, Filipe José da Costa, Heitor Rodrigues, José dos Santos Rocha, José Severo dos Santos e Manuel Sanches Dias, 4 de Abril de 1932; Francisco Paula de Oliveira (Pável), 23 de Maio de 1938; Hermínio da Palma Inácio, 16 de Maio de 1948; Américo de Sousa, Carlos Brito e Rolando Verdial, 25 de Maio de 1957. Morreram na cadeia do Aljube, Manuel Vieira Tomé, 21 para 22 de Abril de 1934, e Vítor da Conceição, 8 de Maio de 1934. 
A cadeia foi encerrada em 1965.
De acordo com o projeto inicial, o Museu do Aljube, Resistência e da Liberdade, terá exposições temporárias (piso 0), exposições permanentes (pisos 1 e 2), uma reconstituição das celas de isolamento que ficaram conhecidas por "curros" (piso 2), um centro de documentação (piso 3) e um auditório e cafetaria (piso 4).

quinta-feira, abril 23, 2015

Qualidade do ar de Lisboa melhorou

A qualidade do ar na cidade de Lisboa tem melhorado, segundo dados apresentados hoje e recolhidos entre 2008 e 2014 nas seis estações de monitorização da capital, sendo a zona da Avenida da Liberdade a apresentar piores resultados.
Os dados foram apresentados pelo Departamento de Ambiente e Espaço Público da Câmara de Lisboa e revelam «uma tendência clara de descida» dos valores de dióxido de azoto e das partículas em suspensão presentes no ar, ambos provenientes essencialmente do tráfego rodoviário.
A qualidade do ar ambiente em Lisboa é avaliada e gerida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo que dispõe de seis estações fixas de monitorização: Avenida da Liberdade, Entrecampos, Santa Cruz de Benfica, Restelo, Olivais e Beato.
A estação de monitorização na Avenida da Liberdade é a que regista os dados mais negativos da cidade em termos de qualidade do ar.
Em declarações à Lusa, após um encontro sobre "Qualidade do Ar na Cidade de Lisboa", a responsável da Quercus -- Associação Nacional de Conservação da Natureza, Mafalda Sousa, observou que «tem havido de facto melhorias significativas em termos de qualidade do ar, nomeadamente nos óxidos de azoto e partículas inaláveis».
Para a dirigente da Quercus, o grande responsável pelas emissões de poluentes atmosféricos «tem sido sobretudo o transporte rodoviário, portanto quaisquer medidas que sejam implementadas têm que ir no sentido de restringir cada vez mais o trânsito rodoviário na cidade, de forma a reduzir as emissões e melhorar a qualidade do ar».
Fotos Beco das Barrelas

terça-feira, abril 21, 2015

Valores de Lisboa

D. José
Não, não vou falar da Bolsa nem do PSI20 nem de preços e mercados.
Vou registar valores inscritos nas pedras da Cidade de Lisboa, em alguns dos seus 57 monumentos nacionais: merecimento, talento, reputação, coragem, valentia. Até porque parece que alguns valores desta cidade antiquíssima andam um tanto esquecidos.
Faça-se um percurso pela cidade de Lisboa, entrando pela belíssima Praça do Comércio, passando a Rua Augusta, seguindo pelo eixo em direção aos Restauradores, Marquês de Pombal, Saldanha e Entrecampos.
Observem-se os monumentos: a estátua equestre de Dom José, o Arco da Rua Augusta, o Obelisco da Praça dos Restauradores, o Monumento e Estátua ao Marquês de Pombal, a estátua do Duque de Saldanha, o Monumento ao Povo e aos Heróis da Guerra Peninsular. E então, que conjunto de valores temos imortalizados na pedra ou no bronze?
Arco


Na estátua de Dom José, a Fama e o Triunfo e ainda «generosidade régia erguendo-se do trono para socorrer a cidade em ruínas, sendo auxiliada pelo governo do reino, que lhe apresenta o amor da virtude, pelo comércio, que lhe depõe as suas riquezas, e pela arquitectura que mostra os planos da nova cidade». No Arco da Rua Augusta, a glória coroando o génio e o valor.
Restauradores

O Obelisco dos Restauradores comemora a Restauração da Independência Nacional e o fim do Domínio Filipino em Portugal: os anjos da Vitória e da Independência.
A estátua do Marquês, no seu «pedestal de glória», representa a força e a vitória sobre «o vil letargo secular a alma generosa e forte da nação», simbolizados «por um leão que se levanta rugindo, e esmaga a reacção teocrática e a reacção feudal que a traziam subjugada», segundo palavras do autor do projecto do monumento.
O Marquês contemplando a sua obra


A postura enérgica e vigorosa do Duque de Saldanha é seguida por outros elementos do monumento, designadamente a Vitória Alada da face frontal do pedestal, glorificando vitórias pela Liberdade e pela Independência Nacional.



Saldanha


O Monumento ao Povo e aos Heróis da Guerra Peninsular, em Entrecampos, tem uma leitura épica: o monumento presta homenagem aos túmulos de Vasco da Gama e de Luiz de Camões, glorificando a defesa da Pátria e a vitória do Espírito. Mas o fulcro do monumento é o bronze da Pátria, de cinco metros de altura, e os soldados, de armas em riste, escorraçando a águia napoleónica.

Guerra Peninsular


Fama e triunfo, génio e valor, vitória e independência, força, liberdade, independência nacional, estes são com efeitos os valores de Lisboa. 


Texto e fotos Beco das Barrelas

sexta-feira, abril 17, 2015

Jornal de Nova Iorque descobre rua rosa de Lisboa

Não, não foi a Rua da Rosa, que atravessa todo o Bairro Alto do Elevador da Bica à Rua D. Pedro V, que o New York Times descobriu em Lisboa. Foi a Rua Nova do Carvalho, no Cais do Sodré, com o pavimento pintado cor-de-rosa e a disposição dos frequentadores para a folia pintada de todas as cores.
“Durante décadas, prostitutas e marinheiros foram os principais residente da Rua Nova do Carvalho, um trilho à beira-rio pavimentado por velhos clubes noturnos à semelhança de Roterdão, Liverpool, Copenhaga e outros portos”. Esse era o tempo do Cais do Sodré e Bairro Alto magistralmente narrado por Dinis Machado em “O que diz Molero”. Mas esse Cais do Sodré, o NYT não o conheceria, a não ser, eventualmente, por relatos de marinheiros americanos com ressacas e nódoas negras como recordações do Texas Bar.


Agora, o New York Times descobriu a Rua Nova do Carvalho, em Lisboa, “fechada ao trânsito, pintada com um alegre tom rosa e elevada à artéria com mais movimento e festa de Lisboa, graças a uma parceria entre donos de bares e ação municipal”, continua o NYT.

O jornal nova-iorquino destaca estabelecimentos e restaurantes da Rua cor-de-rosa, “com a sua oferta diferenciada de produtos típicos”, e recomenda bares como o Povo, o Bar da Velha Senhora, com os seus espetáculos burlescos, e palcos como o Tokyo e o Music Box.


E é assim que Rua Nova do Carvalho, no Cais do Sodré, em Lisboa, é cotada pelo NYT entre as “12 ruas preferidas da Europa”, a par de outras artérias festivas em Paris; Berlim; San Sebastian; Milão; Londres; Istambul; Oslo; Viena; Madrid e Praga.

quarta-feira, abril 15, 2015

Universidade distingue arquitecto Teotónio Pereira

O arquiteto Nuno Teotónio Pereira, 93 anos, foi distinguido com o Prémio Universidade de Lisboa 2015, pelo exercício "brilhante" na área da arquitectura e como "figura ética", anunciou hoje a organização.
De acordo com um comunicado divulgado pela Universidade de Lisboa, o prémio foi atribuído por unanimidade - com base numa proposta da Ordem dos Arquitectos - por um júri que se reuniu na segunda-feira.
O Prémio Universidade de Lisboa (ULisboa) é atribuído anualmente para distinguir o mérito de uma individualidade que tenha contribuído "de forma notável para o progresso da ciência e/ou da cultura e projecção internacional de Portugal".
"Mais do que um profissional brilhante na área da arquitectura, se assume como uma figura ética que, desde sempre, soube afirmar posições de grande vigor cívico", sublinhou o júri na ata da reunião.
Com uma carreira de 60 anos, Nuno Teotónio Pereira, nascido em Lisboa, é uma das mais destacadas personalidades da arquitectura, urbanismo e habitação em Portugal, e também histórico defensor de direitos cívicos e políticos. Foi um firme opositor à ditadura.
Franjinhas: Nuno Teotónio Pereira / J. Braula Reis
Em 2010, quando foi homenageado pela Ordem dos Arquitectos, numa entrevista à agência Lusa, o arquitecto declarou "um grande amor por Lisboa", uma cidade onde procurou sempre "contribuir para a beleza do espaço e o bem-estar das pessoas". Com uma experiência de vinte anos na área da habitação social, defendeu, nessa entrevista, que este conceito "continua a fazer sentido enquanto houver pessoas ou famílias sem casa digna". 

Entre muitos outros, o arquiteto Nuno Teotónio Pereira é autor e/ou co-autor dos seguintes projetos: Habitação social para Olivais-Norte - Prémio Valmor 1968, Lisboa, 1959; Igreja do Sagrado Coração de Jesus - Prémio Valmor de 1975; Edifício Franjinhas - Prémio Valmor 1971 - Lisboa, 1965-1967; Bairro do Restelo [Plano de Urbanização e projectos de habitação] - Lisboa, 1972-1975; Zona Ribeirinha de Lisboa - 2º Prémio do Concurso da AAP - Lisboa, 1988 (não construído); Edifício Saldanha - Lisboa, 1989, 1994 (não construído); Reconstrução de dois edifícios no âmbito do Plano do Chiado - Lisboa, 1990-1993;
Olivais Norte: Nuno Teotónio Pereira /
Nuno Portas / A. Pinto de Freitas
Reconstrução do edifício do Café Lisboa - Prémio Municipal Eugénio dos Santos, 1993/95; Estação do Metropolitano do Cais do Sodré - Lisboa, 1992-1997; Estação da Transtejo do Cais do Sodré - Lisboa, 1993-1996 (não construído); Plano de Pormenor na Zona de Sacavém no Parque das Nações - Lisboa, 1999.


terça-feira, abril 14, 2015

Lisboa perdeu 300 mil habitantes em três décadas

Entre 1981 e 1991, Lisboa perdeu quase 145 mil habitantes, segundo uma reportagem do Diário de Notícias. O jornal acrescenta que nas duas décadas seguintes, a capital perdeu mais 115 mil habitantes. E de 2011 a 2013, a população de Lisboa voltou a descer, desta vez menos 27 mil pessoas.
Ao todo, a cidade passou de 802.937 habitantes, em 1981, para 520.549, em 2013, contabiliza o DN citando dados do Censos e do Pordata. Em sentido contrário, nesse mesmo período a população da Área Metropolitana de Lisboa não parou de crescer.

A reportagem do DN, ao mesmo tempo que assinala a perda de Lisboa de quase 300 mil habitantes em três décadas, regista testemunhos directos de novos habitantes da cidade de Lisboa que, sem esperar prometidas rendas mais acessíveis, se antecipa aos incentivos e procure Lisboa para viver. Duas razões explicam a opção: o preço da renda em Lisboa é compensado pela proximidade das escolas para os filhos e do trabalho dos pais.

Subsídio de arrendamento
Uma caixa junto à reportagem do DN assinala que estão abertas as candidaturas para subsídio municipal de arrendamento.
A medida é apenas um dos vários programas na área da habitação em vigor na cidade de Lisboa.
Para mais informações, consulte AQUI

segunda-feira, abril 13, 2015

Espanhóis Deslumbrados: "Lisboa é outra coisa"

28
Deslumbrante e multicultural, a capital portuguesa tem cada vez mais admiradores. Tranquilos hotéis, vida de bairro, noites inesperadas e tabernas familiares. Assim dá gasto. É nestes termos que espanhóis que nos visitaram falam de nós. Dá gosto.
«Lisboa foi a capital europeia com maior crescimento de turismo em 2013», escreve Xavier Martin, com data de 10 de Abril deste ano, na secção El Viajero, do jornal El País, depois de uma visita a Lisboa. Posto isto, o articulista do jornal de maior expansão em Espanha, sai à procura das razões que motivam esta procura. E encontra-as: «Lisboa é outra coisa», constata.
Vihls
Para conhecer a cidade, El Viajero viaja no elétrico 28: do Cemitério dos Prazeres sobe à Praça Camões, passa à porta da Brasileira e perto da Livraria Bertrand: querendo, apeia-se e vê a cidade de perto. É assim que pode admirar as lojas de café em grão na Rua Garrett, a Igreja de São Roque, a Confeitaria Nacional, mais «as santas paredes de Lisboa» pintadas por Vhils, PixelPancho ou Tamara Alves.
Não há um centro na cidade e El Viajero descobre vários centros de interesse: a Lisboa das «compras dos angolanos ricos», na Avenida da Liberdade; a Lisboa multicultural da Rua da Palma ou da Rua do Benformoso, cidade «com tantas cores como continentes». Lisboa é a tradição do fado, em Alfama. E o viajante espanta-se que Lisboa «resista ao transformismo turístico», e também que permita ao viajante circular entre «segurança quase absoluta e a educada paciência do autóctone».
Fado
O viajante passou noitadas no Cais do Sodré e no Bairro Alto convivendo com «bebedores superresistentes»; mas também descansou nas «sombras tranquilas» do Jardim das Amoreiras, junto à Mãe d’Água; e no Museu da Cidade descobriu Bordalo Pinheiro e concluiu: «Se Barcelona tem Gaudi, Lisboa tem Rafael Bordalo Pinheiro, aquele arquitecto, este  desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista».
O roteiro da cidade de Lisboa de El Viajero passa a incluir: o Cemitério Inglês, o Museu Militar, o Ateneu Comercial, o Jardim Tropical, Vila Berta, Campo de Ourique, um copo ao fim da tarde no Procópio. E algumas tascas: o Zé dos Cornos, O Trigueirinho, a Taberna da Rua das Flores, o Churrasco da Graça, a Provinciana, 
Taberna
 a Reviravolta, o Doce Real.

E numa cidade de Sete Colinas, El Viajero descobriu também que há locais que não só têm que ver como de onde Lisboa se vê melhor e se vislumbra no longe: do alto do Parque, da Penha de França, do Jardim do Torel, de Nossa senhora do Monte, de Santa Luzia, de São Pedro de Alcântara.
Deslumbrados com Lisboa. Dá gosto!
Texto e fotos Beco das Barrelas

sexta-feira, abril 10, 2015

Lisboa tem 2,5 milhões para Orçamento Participativo

O Orçamento Participativo de Lisboa vai mais uma vez destinar verbas para concretizar propostas dos lisboetas. A partir de agora e até 7 de Junho, os lisboetas podem e devem apresentar ideias para a cidade.
Todos os anos, desde 2008, a Câmara de Lisboa destina um montante à execução de propostas dos lisboetas, no âmbito do Orçamento Participativo. Este ano a verba disponível é de 2,5 milhões de euros, a serem divididos entre os projectos até 500 mil euros e outros até 150 mil euros. Posteriormente à apresentação das propostas, os lisboetas votarão, entre 5 de Outubro e 15 de Novembro, os projectos que serão realizados.
No ano passado, as propostas mais votadas diziam respeito à criação de uma rede de trilhos em Monsanto e de uma ciclovia entre todas as unidades da Universidade de Lisboa, bem como à requalificação do mercado de Alvalade.
Mais informação sobre Orçamento Participativo, aqui

quinta-feira, abril 02, 2015

Das Escolas Gerais à Cidade Universitária

Da carta Scientiae thesaurus mirabili de D. Dnis, de 1290, num arrabalde entre a actual Rua Garrett e o Convento da Trindade, do Pátio dos Quintalinhos, com entrada pelas Escolas Gerais, da Aula de Comércio, criada pelo Marquês, à Régia Escola de Cirurgia instalada em S. José, à Escola Médico-Cirúrgica e à Academia de Belas Artes de Lisboa, da Escola Politécnica e do Instituto Industrial (1852), à Universidade de Lisboa criada pela República por lei de 19 de Abril de 1911, da criação da Universidade Técnica à fusão entre a Técnica e a Clássica.


Eis a Cidade Universitária de Lisboa - Reitoria e Faculdades de Letras, Ciências, Medicina, Farmácia, Direito, Psicologia, Medicina Dentária, os Institutos Dom Luiz, Bacteriológico de Câmara Pestana, de Ciências Sociais, o de Geografia e Ordenamento do Território, de Educação, o Estádio Universitário de Lisboa.

Texto e Fotos Beco das Barrelas