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Deslumbrante e multicultural, a capital
portuguesa tem cada vez mais admiradores. Tranquilos hotéis, vida de bairro,
noites inesperadas e tabernas familiares. Assim dá gasto. É
nestes termos que espanhóis que nos visitaram falam de nós. Dá gosto.
«Lisboa
foi a capital europeia com maior crescimento de turismo em 2013», escreve
Xavier Martin, com data de 10 de Abril deste ano, na secção El Viajero, do jornal El País, depois de uma visita a Lisboa. Posto
isto, o articulista do jornal de maior expansão em Espanha, sai à procura das
razões que motivam esta procura. E encontra-as: «Lisboa é outra coisa»,
constata.
Vihls |
Para
conhecer a cidade, El Viajero viaja
no elétrico 28: do Cemitério dos Prazeres sobe à Praça Camões, passa à porta da
Brasileira e perto da Livraria Bertrand: querendo, apeia-se e vê a cidade de
perto. É assim que pode admirar as lojas de café em grão na Rua Garrett, a
Igreja de São Roque, a Confeitaria Nacional, mais «as santas paredes de Lisboa»
pintadas por Vhils, PixelPancho ou Tamara Alves.
Não
há um centro na cidade e El Viajero
descobre vários centros de interesse: a Lisboa das «compras dos angolanos ricos»,
na Avenida da Liberdade; a Lisboa multicultural da Rua da Palma ou da Rua do
Benformoso, cidade «com tantas cores como continentes». Lisboa é a tradição do fado, em Alfama. E o viajante espanta-se que Lisboa
«resista ao transformismo turístico», e também que permita ao viajante circular
entre «segurança quase absoluta e a educada paciência do autóctone».
Fado |
O
roteiro da cidade de Lisboa de El Viajero
passa a incluir: o Cemitério Inglês, o Museu Militar, o Ateneu Comercial, o
Jardim Tropical, Vila Berta, Campo de Ourique, um copo ao fim da tarde no Procópio. E algumas tascas: o Zé dos
Cornos, O Trigueirinho, a Taberna da Rua das Flores, o Churrasco da Graça, a Provinciana,
a Reviravolta, o Doce Real.
Taberna |
E numa cidade de Sete Colinas, El Viajero descobriu também que há locais que não só têm que ver como de onde Lisboa se vê melhor e se vislumbra no longe: do alto do Parque, da Penha de França, do Jardim do Torel, de Nossa senhora do Monte, de Santa Luzia, de São Pedro de Alcântara.
Deslumbrados
com Lisboa. Dá gosto!
Texto e fotos Beco das Barrelas
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