“Com que voz
chorarei meu triste fado…”
Luís de Camões
Quando o poeta escreveu o poema estaria longe de
imaginar que um dia haveriam de surgir a música e a voz para as palavras do seu
“triste fado”.
Quatro séculos após a morte do poeta, a música de Alain
Oulman e a voz de Amália Rodrigues responderiam à inquietação de Luís Vaz de
Camões: “Com que voz”.
E não terá muito que andar até passar pelo número 139 da Calçada de Santana. Ali, um andar acima do rés-do-chão da Tasca do Beco, uma placa reza assim:
“Nesta casa,
segundo a tradição documental, faleceu em 10 de Junho de 1580 Luiz de Camões. O
actual proprietário Manuel José Correia mandou pôr esta lápide em 1867".
A dois passos, na segunda transversal para o lado esquerdo da Calçada, fica a Rua Martim Vaz, letrado do século XVI. Talvez tenha privado com Camões, ou sejam parentes, por parte dos Vaz. Entre os números 84 e 86, uma primeira placa, atribuída ao escultor Lagoa Henriques, assinala que “No pátio desta casa nasceu Amália Rodrigues”.
Entrando pelo número 86 no acanhado e mal iluminado Pátio Santos,
numa inscrição com responsabilidade da Câmara de Lisboa, sobre uma pedra rosada
colocada num desvão pode
ler-se:
ler-se:
“A 23 de
Julho de 1920 aqui nasceu AMÁLIA RODRIGUES. Homenagem da Câmara Municipal de
Lisboa.
23 de Julho de 1997”.
23 de Julho de 1997”.
Camões e Amália.
Com que voz haveria de ser?
Com que voz haveria de ser?
Texto e fotos Beco das Barrelas. D.R.
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