Último Cabalista de Lisboa, Richard Zimler
Lisboa no século XVI, a Inquisição, os
Cristãos Novos.
História
do Cerco de Lisboa, José Saramago
Duas
histórias: uma, a da batalha dos portugueses, apoiados pelos Cruzados, contra
os mouros durante o cerco de Lisboa; outra, a de Raimundo Benvindo Silva,
revisor editorial, a quem compete rever um livro sobre o cerco de Lisboa.
Biografia de Lisboa, de Magda Pinheiro, Esfera dos Livros
Gente, comércio, cercos
e pestes, revoluções e invasões, batalhas, conquistas e derrotas, casas e
mosteiros, ruas, lendas, mistérios. Lisboa na vida, na história, na biografia
de Lisboa.
Os Maias, Eça de
Queirós
História de uma família (Maia) ao longo de três
gerações, centrando-se depois na última com a história de amor entre Carlos da Maia e Maria Eduarda. Também
há o jornalismo corrupto, personificado no director do jornal “Corneta do
Diabo”. E sarcasmo, focado por Carlos e Ega e no Eusebiozinho com duas
espanholas.
As Confissões de
Félix Krull, Thomas Mann
Félix Krull faz-se passar pelo luxemburguês marquês de Venosta, numa viagem
a Lisboa cheia de peripécias.
Uma noite em Lisboa, Erich Maria Remarque
Refugiados na II Guerra Mundial de passagem por Lisboa.
O último acto em
Lisboa, Roberto Wilson
A história começa nos arredores de Lisboa e depois recua até à II Guerra
Mundial, na Alemanha, nas terras do volfrâmio em Portugal e em Lisboa e faz
todo o percurso histórico de novo até à actualidade. Reconstituição histórica
muito bem informada.
A companhia de
estranhos, Roberto Wilson
Lisboa, anos 40, ninhos de espiões na cidade e no Estoril. O autor está
muito bem informado e não comete erros na história de Portugal e nos circuitos
da cidade de Lisboa. E escreve bem.
A Casa da Rússia, John Le Carré
Espionagem na Guerra-Fria. Como habitualmente nos romances de Carré, os
serviços secretos ingleses são levados no recrutamento de um dissidente
soviético. O romance acaba bem, em Lisboa.
O Santo e o Mistério de Lisboa, Leslie Charteris
Simon Templar, mais conhecido por O
Santo, também teve uma aventura em Lisboa.
Comboio Nocturno para Lisboa, Pierre Mercier
Um professor universitário suíço surpreende e evita o suicídio de uma jovem portuguesa,
o que é ponto de partida para conhecer um livro de um antifascista português.
Curioso, vem a Lisboa procurar o passado do livro e do autor e o presente do
país.
A Guerra
nas sombras da cidade da luz, 1939-1945.
Gaivotas em Terra,
David Mourão-Ferreira
Só um lisboeta de gema poderia ter escrito esse
livro. São quatro excelentes novelas, narradas de quatro pontos de vista
diferentes.
Enseada Amena,
Augusto Abelaira
Um livro de época cujo alcance vai muito além do quadro social que lhe serve
de referência e que é, antes de mais, essencialmente humano.
O Ano da Morte de
Ricardo Reis, José Saramago
O protagonista é o heterónimo Ricardo
Reis de Fernando Pessoa. Lisboa retorna a 1936, após uma ausência de 16 anos, e
aí se instala observando e testemunhando o desenrolar de um ano trágico: o
fascismo deixa antever um futuro negro na história de Portugal, Espanha e
Europa.
Inverno em Lisboa,
António Muñoz Molina
Lisboa começa por ser o título de uma peça de um músico de jazz que toca
num clube em San Sebastian. Depois passa a ser um local de encontro e
uma referência. Teremos sempre… neste caso, Lisboa… O autor nunca descreve
qualquer acção em Lisboa e/ou arredores sem usar os termos sujo, suja,
sujidade.
A Morte Branca, Pierre Kyria
O enredo desenvolve-se numa pensão de Lisboa e a trama do romance já foi
considerada tipo Agatha Christie.
Afirma Pereira,
Antonio Tabucchi
Afirma
Pereira é um romance de Lisboa e de um autor que amava Lisboa, «uma cidade que
cintilava sob a sua janela, e um azul, um azul incrível, afirma Pereira, de uma
limpidez que quase feria os olhos».
A Escola do Paraíso,
José Rodrigues Miguéis
A primeira infância do autor num dos melhores
romances portugueses. A cidade do princípio do século, os primeiros automóveis,
a cidade iluminada a gás, dos teatros do Príncipe Real, do animatógrafo, a
cidade que acabava na Rotunda, para lá os campos de corridas ao Campo Grande.
O Que Diz Molero, Dinis
Machado
A narrativa desenvolve-se a partir do diálogo
entre duas personagens, Mister Deluxe e Austin, sobre o que diz uma outra
personagem ausente, Molero, num relatório sobre um rapaz, Angel Face. Pode
parecer banal mas é de facto mirabolante.
Casos do beco das
sardinheiras, Mário de Carvalho
É um beco como outro qualquer, na parte velha
de Lisboa. Uns dizem que é de Alfama, outros que é já da Mouraria e sustentam
as suas opiniões com sólidos argumentos topográficos. A gente que habita o Beco
tem sobre os outros lisboetas um apego ainda maior ao seu sítio e às suas
coisas. Desde há muito tempo que não há memória de que algum dos do Beco tenha
emigrado de livre vontade.
O Cavalo a
Tinta-da-China, Baptista-Bastos
Um romance que interpela o destino português. “Retrato
amargo e implacável do salazarismo e de Portugal. Um livro corajoso, comovente
e desencantado sobre a alma e sobre a dor portuguesa”, acentuou Maria Teresa
Horta. E um livro percorrido pelas ruas de Lisboa.
Livro de bordo, José
Cardoso Pires
Uma
viagem pela cidade de alguém encantado com Lisboa, a história e a gente, muito
rigorosa e muitíssimo bem escrita.
E ainda:
Era
Lisboa e chovia, do embaixador Dário Moreira de Castro Alves, Lisboa através do
que comiam a bebiam as personagens de Eça;
Peregrinações
em Lisboa, de Norberto de Araújo;
Memória
de Lisboa, de Rómulo de Carvalho (António Gedeão), com fotos, legendas e
observações;
Lisboa
Cidade Abril, de António Borges Coelho;
Chiado o peso da memória, de António Valdemar;
E também:
O
que o turista deve ver em Lisboa, o guia turístico de Fernando Pessoa publicado
em Portugal só nos anos 90;
Deambulações
por Lisboa de Alice Vieira em Esta Lisboa, com fotos de António Pedro Ferreira;
Tejo, texto de Alice Vieira, 72 fotos de Neni Glock;
O poço da Cidade, de Ápio Sottomayor;
Lisboa Desaparecida, de Marina Tavares Dias.
E mais:
A
poesia sempre incompleta sobre Lisboa, entre outros, de Cesário Verde, Álvaro
de Campos, Alexandre O’Neill, Mário Cesariny, José Carlos Ary dos Santos, José Gomes
Ferreira e Sophia de Mello Breyner Andersen.
E já agora:
Lisboa Revolucionária, Fernando Rosas (2 volumes).