sexta-feira, novembro 27, 2015

Chorai guitarras: Morreu Beatriz da Conceição

A fadista Beatriz da Conceição, que recebeu em 2008 o Prémio Amália Rodrigues de Carreira, morreu esta quinta-feira, 27 de Novembro de 2015, no Hospital de S. José, em Lisboa.

Interprete excepcional do fado – ninguém cantou como ela o poema “Meu corpo”, de José Carlos Ary dos Santos, Beatriz da Conceição era natural da cidade do Porto – onde nasceu a 21 de Agosto de 1939 - mas em foi em Lisboa, naturalmente, que descobriu e começou a cantar o fado.
Beatriz, que era costureira no Porto, veio a Lisboa, com um grupo de outras mais raparigas, para conhecer o fado, E conheceu-o no retiro de Márcia Condessa, na Praça da Alegria, paredes meias com o Hot Clube de Portugal. Beatriz da Conceição cantou ao longo da sua carreira em casas de fado como A Viela, Adega Machado, Adega Mesquita, Taverna do Embuçado, O Faia, Parreirinha de Alfama, Painel do Fado, Mesa dos Frades e no Senhor Vinho.

A fadista participou no projecto europeu de divulgação do fado "Lágrimas de Lisboa". Paul van Nevel, o maestro belga que dirigiu a iniciativa, escreveu que Beatriz da Conceição se exprimia com "força contida", e que a sua interpretação era "de uma tal tristeza emotiva, que conseguia imprimir poesia mesmo aos silêncios entre as palavras e versos".
"Na sua voz, os versos de João Dias ('Ovelha negra'), Artur Ribeiro ('Eu nasci amanhã'), Ary dos Santos ('Meu corpo') ou Pedro Homem de Mello ('Porque é que adeus me disseste') ganham alma e uma dimensão maior", segundo a biografia editada em 2008 pela Fundação Amália Rodrigues, quando, em 2008, recebeu o Prémio carreira.
SILÊNCIO: VAI CANTAR BEATRIZ DA CONCEIÇÃO 
Muito se escreveu e muitos escreveram sobre Beatriz da Conceição. Mas nenhum texto revela tanto sobre a fadista como ela própria diz de si na entrevista que deu a Anabela Mota Ribeiro para o Público, em 2012, e que continua acessível no blogue da entrevistadora. 
Leia mas leia mesmo e até ao fim: um grande documento! 
Beatriz da Conceição a Anabela Mota Ribeiro: 

terça-feira, novembro 03, 2015

Feira Popular em Carnide com Metro à porta

Não foi para a Belavista, nem para Monsanto, nem para o Oriente.

A nova Feira Popular de Lisboa vai para Carnide. 


A nova Feira Popular de Lisboa vai ficar instalada na freguesia de Carnide. O anúncio oficial foi feito pelo presidente da Câmara de Lisboa, que adiantou que o novo equipamento “não vai ser só um local de divertimento”, na medida em que surgirá integrado num “grande parque verde” com 20 hectares.  
De acordo com Fernando Medina, “a terceira casa da Feira Popular”, depois de Palhavã e Entrecampos, será “na zona imediatamente contígua à estação de Metro da Pontinha”, uma zona com “acesso directo ao Metro” e no “cruzamento das principais vias viárias da cidade”.

 “O regresso da Feira Popular é um sonho de muitos e muitos lisboetas”, frisou o autarca, acrescentando que “dentro de poucas semanas” o município irá promover “uma sessão pública” para apresentar a sua proposta e também para lançar “uma ampla campanha de recolha de contributos”, por forma a que ele “responda às aspirações mais profundas da cidade de Lisboa”.  
Carnide sucede a Palhavã (1943 - 1956) e Entrecampos (1961 - 2003), na localização da Feira. A Feira Popular de Lisboa fechou portas a 28 de Março de 2003, tendo o então presidente da Câmara, Santana Lopes, anunciado que tencionava criar um novo parque de diversões, mais moderno. Foram precisos 12 anos e outro presidente para decidir voltar a dotar Lisboa da sua Feira Popular.

Ver também:
Onde? Na Feira Popular. Quando? Desde 2003

Que galo!!!

Foi difícil e muito demorada a remoção de uma viatura particular, estacionada em cima da calha do carro eléctrico, em Santos. Para já era hora do almoço e o pessoal dos reboques tem horários e pausas como todo o pessoal. De maneira que juntaram-se eléctricos em espera, alguns com pacientes passageiros lá dentro, sem mais nada que fazer a não ser ... esperar. 
Segundo problema: para que o reboque se metesse entre o primeiro carro e a viatura a rebocar, alguns eléctricos conseguiram recuar um pouco. 
Mas o primeiro "amarelo" não pegou. De maneira que.... que teve que ser ele próprio rebocado. 

Por fim, a pequena viatura que causou todo este sarilho lá foi levada pela PSP. A fila de eléctricos parados era já de 8 carros!  
Quem almoçava nas esplanadas de Santos teve variedades à hora do almoço. 


Texto Beco das Barrelas
Fotos Rita Lello