Não
é o Pére Lachaise, de Paris, nem La Recoleta, de Buenos Aires, não é o Hollywood
Forever, de Santa Mónica, nem os cemitérios góticos de Barcelona, revisitados
nas obras de Carlos Ruiz Záfon. Mas o Cemitério dos Prazeres, em Lisboa,
regista de ano para ano um número crescente de visitantes que seguem o turismo
cemiterial. Longe de procurarem uma variante sombria ou mórbida do turismo, os visitantes
da cidade dos mortos buscam vestígios de uma monumentalidade funerária que é
exemplo da arte romântica dos séculos XIX e XX. Anjos de pedra velam o sono eterno dos mortos.
Os visitantes também procuram a história, pois ali jazem muitos dos que fizeram a história mais recente de Portugal. Logo à direita de quem entra no Cemitério dos Prazeres jaz o capitão Henrique Galvão, acompanhado na morte por um epitáfio que resume uma vida: “Quando a ditadura é um facto, a revolução é um direito”.
Os visitantes também procuram a história, pois ali jazem muitos dos que fizeram a história mais recente de Portugal. Logo à direita de quem entra no Cemitério dos Prazeres jaz o capitão Henrique Galvão, acompanhado na morte por um epitáfio que resume uma vida: “Quando a ditadura é um facto, a revolução é um direito”.
Jazem nos Prazeres estadistas como Fontes Pereira de Melo, empresários como António Augusto de Aguiar, poetas como Cesário Verde ou António Gedeão, prosadores como José Cardoso Pires ou Carlos de Oliveira, atores e músicos como João Vilaret, Vasco Santana, Mário Viegas, Carlos Paredes.
Quanto
ao nome de Prazeres vem-lhe da designação da quinta onde se ergueu, em 1833, a
cidade dos mortos da zona ocidental da cidade de Lisboa.
Texto de João
Francisco. Fotos de Francisco João (direitos reservados).