Não
é o Pére Lachaise, de Paris, nem La Recoleta, de Buenos Aires, não é o Hollywood
Forever, de Santa Mónica, nem os cemitérios góticos de Barcelona, revisitados
nas obras de Carlos Ruiz Záfon. Mas o Cemitério dos Prazeres, em Lisboa,
regista de ano para ano um número crescente de visitantes que seguem o turismo
cemiterial. Longe de procurarem uma variante sombria ou mórbida do turismo, os visitantes
da cidade dos mortos buscam vestígios de uma monumentalidade funerária que é
exemplo da arte romântica dos séculos XIX e XX. Anjos de pedra velam o sono eterno dos mortos.
Os visitantes também procuram a história, pois ali
jazem muitos dos que fizeram a história mais recente de Portugal. Logo à
direita de quem entra no Cemitério dos Prazeres jaz o capitão Henrique Galvão,
acompanhado na morte por um epitáfio que resume uma vida: “Quando a ditadura é
um facto, a revolução é um direito”.
Quanto
ao nome de Prazeres vem-lhe da designação da quinta onde se ergueu, em 1833, a
cidade dos mortos da zona ocidental da cidade de Lisboa.
Texto de João
Francisco. Fotos de Francisco João (direitos reservados).
Caro João: Pese, embora, o que pode parecer brejeirice, ouso lembrar um meu velho conhecido, que residindo em Alcântara, dizia sempre que a localização da sua casa "tinha o quarto virado para os Prazeres e a casa de banho para as Necessidades" !
ResponderEliminarParabéns pelo seu extraordinário blog.