"Outra vez te revejo, cidade da minha infância (...) cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui..."
Álvaro de Campos, Lisbon revisited 1926
Numa cidade plana, o horizonte acaba antes do dobrar da esquina. Esbarra com a paisagem construída. Mas a cidade das Sete Colinas é de vistas bem mais largas, vê-se e revê-se a cada passo, de longe, do alto, alongando-se para o alto ou mergulhando para os vales. E as linhas do horizonte são de ida e volta.
Álvaro de Campos, Lisbon revisited 1926
Numa cidade plana, o horizonte acaba antes do dobrar da esquina. Esbarra com a paisagem construída. Mas a cidade das Sete Colinas é de vistas bem mais largas, vê-se e revê-se a cada passo, de longe, do alto, alongando-se para o alto ou mergulhando para os vales. E as linhas do horizonte são de ida e volta.
Este será o mais óbvio dos reflexos: Tejo, Castelo e volta. É como se Lisboa se visse ao espelho, do alto do Castelo para a superfície do Tejo, ou do espelho das águas do Rio para o alto das muralhas do Castelo.
E se Lisboa se olhasse ao espelho teria razão para perguntar: “Espelho meu, espelho meu: conheces cidade mais bela do que eu?”
Fotos de Francisco João (direitos reservados). Texto de João Francisco.
Como disse o David
ResponderEliminar"Quem há-de contar as lendas
destes cafés de Lisboa
tímidos sobreviventes
que restam de muitos outros...”
ARD é um homem do mundo que honra este blogue com a sua visita. E logo recordando David Mourão-Ferreira, um grande poeta e um grande poeta de Lisboa: "Por dentro de Lisboa // desdobra-se Lisboa // numa outra Lisboa..."
EliminarJoão F.