Alexandre Farto, Vihls, na Travessa das Merceeiras |
O destaque
dado a Lisboa como uma das cidades onde "os melhores artistas de rua do
panorama mundial têm a sua marca" seria suficiente para explicar a escolha
da explosão da arte urbana como acontecimento do ano na capital portuguesa, por parte do blogue Beco das Barrelas. Mas
diversos outros acontecimentos justificavam já a escolha, antes mesmo desta
distinção mundial.
Lisboa passou
com efeito a exibir nas suas paredes a marca dos melhores artistas de rua
mundiais. Os leitores do blogue Beco das Barrelas acompanharam, este ano como nos
anteriores, algumas das marcas desses artistas, fenómeno a que temos dado a maior atenção. O caso mais recente foi o do
brasileiro Francisco Rodrigues da Silva, que usa o nome artístico Nunca, expondo uma peça mural de grande escala na Rua do Vale Formoso de Cima. Mas por aqui passaram também,
entre outros, os ucranianos Alexi e Vladimir que deixaram o seu traço na Praça Olegário Mariano.
Tinta Crua na Calçada da Glória |
O mais
importante, porém, é que artistas portugueses passaram a fazer parte do galarim
dos “melhores artistas de rua do panorama mundial” e o caso mais brilhante
passou por este blogue, onde se deu o devido destaque à participação do pintor
Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils, num projeto dos U2.
A publicação
de um guia da chamada Street Art em Lisboa, editado pela Zest Books for Life,
foi outro acontecimento marcante. Bem como o trânsito da arte urbana lisboeta
das ruas para uma galeria, a Underdogs, e um suporte mais sustentável, a
serigrafia.
O sexto
aniversário do Gabinete de Arte Urbana (GAU) da CML, celebrado com novos painéis na Calçada da Glória e Largo da Oliveirinha, é outro marco deste ano. O
GAU tem sido a alavanca que projeta a pintura e os pintores de rua de Lisboa e que
lhes dá cobertura institucional e logística.
E como se não bastasse
esta sucessão de acontecimentos para consagrar a arte urbana de Lisboa, tivemos
também em 2014 um acto de censura: uma revista foi suspensa por publicar um ensaio
cujo autor observava que «nos últimos anos parece ter despontado nas paredes uma nova
vontade de comunicação política».
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