Portanto
deixe-se de rotinas. Inove, dê uma prenda original: um livro. Já lho tinha
dito? Pois insisto.
A propósito de
livros, aqui vai uma anedota da tropa. O general fazia anos e o estado-maior
estava reunido para decidir que prenda dar mas não havia maneira de alguém se
sair com uma ideia de jeito. Até que um oficial sugeriu que dessem um livro ao
general. Fez-se silêncio mas o chefe do estado-maior pôs fim ao impasse: Um
livro? Isso não que ele já tem um.
Não seja como
o general da anedota. Quanto a livros, há sempre lugar para mais um. Além de
que os livros, depois de lidos, podem sempre passar de mão em mão e assim
espalhar o prazer da leitura e a fonte de conhecimentos que é cada exemplar. E
cada exemplar é isso mesmo: exemplar, para além de original.
Sendo assim,
decida-se. Ainda não sabe o que dar ao pai, ao filho, à mãe, à irmã, ao tio, à
sobrinha, à namorada, ao namorado, ao amigo, ao vizinho, ao patrão, à
empregada? Dê um livro. Cada livro é um livro e a pessoa a presentear ainda não
leu esse livro que você lhe vai dar. Ou se já leu agora há o talão de troca e a
coisa funciona.
O livro, para
além do conteúdo, tem forma, peso, cor, cheiro. O quê, não me diga que você
nunca folheou e cheirou um livro?! Sabe o que é que você está mesmo a precisar?
Que lhe dêem um livro pelo Natal.
Algumas
novidades nas livrarias:
A tempo deste
Natal, Gonçalo M. Tavares apresentou o seu mais recente romance, Uma menina está perdida no seu século à procura do
pai.
Uma história de busca, viagem e reflexão sobre o século XX.
Reeditado dez
anos após a primeira edição está nas livrarias Filho
de Deus,
de Cormac McCarthy. É a história de um solitário homem rural, de grande, cruel e
pervertida imaginação. Com a prosa bela e exata do autor.
Patrick Modiano
está nas livrarias pelo Natal, pela primeira vez na qualidade de Prémio Nobel da
Literatura. A História de
Catherine
conta
a vida de uma criança que usa óculos, como o pai, e quer vir a ser bailarina, como
a mãe. Nunca ninguém viu uma bailarina de óculos e Catherine também não: vai
ver dois mundos diferentes.
Quem disser o
contrário é porque tem razão, o mais recente título de Mário de Carvalho, é um
livro sobre ser escritor, os dilemas, enigmas e perplexidades do ofício. Para Mário
de Carvalho não há regra sem senão; não há bela sem razão.
E Quem disser o
contrário é porque tem razão.
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