Vinte
e nove sessões deste mês na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, evocam outro Abril,
o de 1974, da Revolução dos Cravos, voltando à realidade das salas de cinema de
há 39 anos e um dia.
E
logo em 1974, antes que o cinema começasse a produzir sobre a nova realidade do
País, as salas abriram-se à exibição de filmes censurados, o primeiro dos quais
foi O Couraçado Potiomkine, de Sergei
Eisenstein, que já estava em exibição no Cinema Império quando ali se formou o grandioso
desfile do 1º de Maio que da Alameda seguiu para o atual Campo de Jogos do
Inatel.
Outras
obras-primas do cinema soviético, todo ele interdito pelos coronéis da Censura,
foram rapidamente exibidas, bem como o cinema de Luis Buñuel, de Wilder ou de Bresson.
Até
que começou também a ser possível passar os novos filmes portugueses rodados em
cima do acontecimento que foi uma revolução. Os filmes das cooperativas - Cinequanon,
Cinequipa, Grupo Zero, Unidade de Produção Cinematográfica nº1, Centro
Português de Cinema e outros.
E
Portugal começou a ver-se ao espelho do cinema que mostrava um País no alvoroço
do exercício da liberdade.
Consulte
o programa do ciclo Abril, na Cinemateca, aqui:
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