Não, não foi a
Rua da Rosa, que atravessa todo o Bairro Alto do Elevador da Bica à Rua D.
Pedro V, que o New York Times descobriu em Lisboa. Foi a Rua Nova do Carvalho,
no Cais do Sodré, com o pavimento pintado cor-de-rosa e a disposição dos
frequentadores para a folia pintada de todas as cores.
“Durante
décadas, prostitutas e marinheiros foram os principais residente da Rua Nova do
Carvalho, um trilho à beira-rio pavimentado por velhos clubes noturnos à
semelhança de Roterdão, Liverpool, Copenhaga e outros portos”. Esse era o tempo
do Cais do Sodré e Bairro Alto magistralmente narrado por Dinis Machado em “O
que diz Molero”. Mas esse Cais do Sodré, o NYT não o conheceria, a não ser,
eventualmente, por relatos de marinheiros americanos com ressacas e nódoas negras como recordações do Texas Bar.
Agora, o New
York Times descobriu a Rua Nova do Carvalho, em Lisboa, “fechada ao trânsito,
pintada com um alegre tom rosa e elevada à artéria com mais movimento e festa
de Lisboa, graças a uma parceria entre donos de bares e ação municipal”,
continua o NYT.
O jornal
nova-iorquino destaca estabelecimentos e restaurantes da Rua cor-de-rosa, “com
a sua oferta diferenciada de produtos típicos”, e recomenda bares como o Povo,
o Bar da Velha Senhora, com os seus espetáculos burlescos, e palcos como o
Tokyo e o Music Box.
E é assim que
Rua Nova do Carvalho, no Cais do Sodré, em Lisboa, é cotada pelo NYT entre as “12
ruas preferidas da Europa”, a par de outras artérias festivas em Paris; Berlim;
San Sebastian; Milão; Londres; Istambul; Oslo; Viena; Madrid e Praga.
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