Perfilados ao
alcance da mão, de um lado da mesa de trabalho, acumulam-se livros sobre Lisboa
que complementam o trabalho de rua e acompanham e ensinam nesta modesta mas
empenhada missão de conhecer e dar a conhecer a cidade das nossas vidas.
Lá estão as
imprescindíveis "Peregrinações em
Lisboa", de Norberto de Araújo. Lá está um álbum precioso, a “Memória de Lisboa”, de Rómulo de
Carvalho (António Gedeão), com fotos, legendas e observações do estimado
professor e grande poeta. Lá está a “Biografia
de Lisboa”, da historiadora Magda Pinheiro. Lá estão deambulações por
Lisboa de José Cardoso Pires, “Lisboa -
Livro de Bordo”, e de Alice Vieira, “Esta
Lisboa”, com fotos de António Pedro Ferreira. Lá está também uma pequena e
modesta edição em castelhano de “Lo que
el turista debe ver” em Lisboa, o guia turístico de Fernando Pessoa
publicado em Portugal só nos anos 90.
Lá está poesia,
sempre incompleta - entre outros, Cesário, Álvaro de Campos, O’Neill, Cesariny,
Ary dos Santos, José Gomes Ferreira e Sophia que, não sendo de Lisboa, escreveram
das palavras mais belas sobre a cidade. E lá estão algumas obras de ficção, com
Lisboa por cenário ou como protagonista - contos de José Rodrigues Miguéis, romances
de Eça, Abelaira, Baptista-Bastos, Saramago, Dinis Machado, António Tabucchi.
E lá estão
alguns livros de jornalistas sobre Lisboa. “O
poço da Cidade”, de Ápio Sottomayor; alguns volumes da “Lisboa Desaparecida”, de Marina Tavares
Dias; o “Chiado: o peso da memória”,
de António Valdemar.
Mas há um
livro que transita da mesa de trabalho para a mesa-de-cabeceira porque nas suas
páginas, mais que a cidade, as ruas, as vielas, os becos, as escadinhas, as casas, é o povo de Lisboa que ali revive. Falo do livro de crónicas de Armando Baptista-Bastos “Lisboa contada pelos dedos”, Grande Prémio de Crónica da
Associação Portuguesa de Escritores:
“Todos os dias te caminho, todos os dias te
passeio, todos os dias te olho, nem todos os dias te vejo”.
Consulte aqui
um interessante catálogo temático de livros sobre Lisboa.
Texto João Francisco. Foto Francisco João / Direitos reservados.
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