segunda-feira, outubro 22, 2012

Quentes e boas

Baixa
Por estes dias, em Lisboa, quem passa no Chiado ou no Marquês, no Rossio ou simplesmente quem sai do Centro Comercial das Amoreiras, na Praça da Figueira ou no Jardim da Estrela é envolvido e transportado pelo inebriante e indelével cheiro das castanhas assadas nas brasas. É um cheiro que cada português transporta desde a infância e que associa a adereços próprios da época do ano, desde a camisola de lã à mala ou mochila da escola. O cheiro das castanhas assadas viaja com cada um e desperta memórias associadas a esta época do ano e ao passar de cada vida. Assim sejam quentes e boas as memórias que o fumo e o cheiro das castanhas assadas despertam em cada um.

Avenida da Liberdade
As castanhas vêm do Oriente e do fundo da História, como pão de povos ancestrais. É um bom alimento, rico em hidratos de carbono mas com muito menos calorias que a generalidade dos frutos secos. A culinária pode dar-lhe os tratos que entender. Mas é “a estalarem cinzentas, na brasa” que elas melhor sabem e que dão calor e cheiro às nossas memórias. E por dois euros a dúzia, “leva mais calor para casa”.

Chiado
Para beber, jeropiga ou vinho abafado.

E para ouvir, é aqui mesmo. Palavras de José Carlos Ary dos Santos, música de Paulo de Carvalho, à guitarra António Chaínho, à viola José Maria Nóbrega e a voz de Carlos do Carmo.
 
Texto e fotos do Beco das Barrelas / Direitos reservados.

1 comentário:

  1. Dois euros por uma dúzia de castanhas!!!
    Isto em moeda antiga seria uma dúzia de castanhas por 400 escudos, ou cada castanha por 33 escudos. O euro foi uma grande armadilha em que caímos! E o resultado está à vista.
    Carlos Silva Santos - Português no Reino Unido.

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