Já foi o “fiel
amigo”, também foi o "bacalhau a pataco", prometido em eleições, o peixe seco das 100 maneiras de o cozinhar, que hoje serão talvez mil,
o peixe que comido fresco é uma raridade. Come-se cozido com todos, assado com
batata a murro, guisado de caldeirada com muito tomate e pimento, come-se
frito, come-se cru bem temperado. Também se come disfarçado
com natas ou em pataniscas. E não haverá nada que vá à mesa e de que os
portugueses mais falta sintam que do bacalhau.
Já foi um
produto pescado por portugueses, em longas e penosas campanhas de seis meses
nos mares da Terra Nova. Agora vem da Noruega e compra-se congelado mas, para
quem queira, também o há salgado e com vários tipos e qualidades de cura.
Antigamente, o
bacalhau para o lisboeta era um produto típico da Rua do Arsenal. Hoje restam
duas casas na rua mas há outras na Praça da Figueira e o bacalhau não falta nos
supermercados. Mas o Rei do Bacalhau continua a imperar na Rua do Arsenal, com
grande variedade de espécies e de dimensões. Só o bacalhau de cura amarela
ainda está para chegar à casa de Santos Ramalho Ldª.
De resto, é só
escolher: dos expositores para o alguidar a demolhar, dali para o fogão e a
seguir para a mesa. E bom proveito.
Texto de fotos Beco das Barrelas / Direitos reservados
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