18 fados de Lisboa |
O fado é
português e é universal, património imaterial da Humanidade.
As suas raízes
são objeto de constante estudo e descoberta. Mas para cantá-lo é preciso ter
mais alguma coisa que voz: é preciso uma identidade e um sentimento.
Já todos
ouvimos tentativas melhor ou pior conseguidas de cantores estrangeiros
ensaiando esse difícil exercício de cantar o fado - o João Braga diz “cantar ao
fado”. Em 2001, por iniciativa do guitarrista italiano Marco Poeta, juntaram-se
os cantores Francesco Di Giacomo (tenor), Elisa Ridolfi e Eugenio Finardi. E da
iniciativa saiu um disco com 18 faixas de fados e guitarradas. Marco Poeta é um
extraordinário guitarrista que conhece Lisboa, os ambientes do fado e a
guitarra portuguesa. Di Giacomo também esteve em Lisboa, estudou os poetas e
canta o fado na língua de Luís de Camões. Finardi canta-o na língua de Dante
Alighieri. É uma curiosa experiência.
Eugenio Finardi na atualidade |
disco dos anos rebeldes |
Eugenio
Finardi tem atualmente 60 anos, é natural de Milão, é cantor, autor e
compositor, guitarrista e pianista. Fez carreira a partir dos anos 70, inicialmente
muito ligado ao grupo Area, depois como cantor e autor de rock’n’roll e jazz
rock. As letras das suas canções refletiam um espírito rebelde e o idealismo daquela
geração. No final da década de 70 esteve em Lisboa para atuar na Festa do Avante, no Vale do Jamor.
O disco Fado é uma homenagem de grandes músicos
italianos a Lisboa e ao fascínio do Fado Lisboeta (Carlos Dias e Amadeu do Vale). Avaliem Eugenio Finardi e apreciem
o virtuosismo do guitarrista Marco Poeta.
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