Largo da Severa, Mouraria |
“Não
sentes um vago um suave cheiro a sardinhas
a algazarra nas ruas e o troar dos tambores
somos nós querida Europa”
a algazarra nas ruas e o troar dos tambores
somos nós querida Europa”
Fausto
Bordalo Dias, Para
Além das Cordilheiras
Os enfeites, os aprestos e petrechos ficaram prontos a
tempo. Os turistas desataram a chegar em maiores carregamentos. As Festas de
Lisboa começaram.
A azáfama era grande, porque as Festas também gerem
questões de brio, embora o “carrapito” seja a mola real de tudo. Mas à última
dá-se sempre pela falta de qualquer coisa que falta mesmo ou, pelo menos, que
poderia melhorar a gestão e a logística da festança: 30 dias, sempre a abrir.
Rua da Adiça, Alfama |
Tudo se organiza, desde os primeiros tempos, em torno
do trono e do culto de Santo António, visto como casamenteiro, associado a
ritos de fertilidade - ainda haverá quem queime as alcachofras? E quando o
Santo António já se acabou vêm o São João e o São Pedro, para que o mês de Junho
seja inteirinho de Festa, com sardinhas, manjericos, balões, músicas e marchas
populares.
E turistas por todo o lado |
Segundo o guia de viagens britânico Lonely Planet, as festas em honra de Santo António, em Lisboa, são um dos melhores festivais
do mundo a decorrer no mês de Junho. Segundo o site do guia, “as ruas sinuosas e as escadas inclinadas de Alfama,
o bairro mais antigo da cidade, enchem-se do cheiro a sardinhas a serem assadas
no exterior de pequenas casas e restaurantes”. Mas não só. As Festas constituem
“uma folia generalizada, uma alegria, festejada numa das cidades mais bonitas
da Europa".
Lisboa não pode deixar-se embalar com tantas distinções que recebe.
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