O Chiado, a “aldeia
de Pessoa”, onde o poeta nasceu (Largo de São Carlos) e foi batizado (Basílica
dos Mártires), onde se ouve o “sino da aldeia”, o “Chiado Janota”, de Ary dos Santos,
mas já antes o Chiado onde o janota Eça de Queiroz punha em ação personagens de
“Os Maias” - Dâmaso Salcede num “coupé lançado a trote", Carlos, de “Os Maias”,
a descer para o Alecrim… O Chiado de Cesário Verde e de “O Sentimento dum
Ocidental”.
Pois o Chiado
é agora eminentemente turístico, ali se cruzam idiomas como numa Babel, e é
também um palco aberto para quem tenha o que mostrar aos outros do seu talento.
Tanto atuam pequenas bandas de música como um “trôpego arlequim braceja numas
andas”: outra vez Cesário. Quanto à violeteira das “tranças pretas”, “deixou saudades”.
O Chiado é um constante
rio de gente, que por vezes encalha nas esplanadas da Brasileira ou da Benard. É
um novo centro da cidade que junta um bairro e cenários típicos com um comércio,
do tradicional ao moderno e às grandes marcas, passando pelas livrarias, os
cafés, o inesperado.
Mal sabem os
visitantes quanta História carrega cada pedra do Chiado.
Texto e Fotos
Beco das Barrelas / D.R.
Sem comentários:
Enviar um comentário