Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
O amarelo da
Carris
vai da Alfama à
Mouraria,
quem diria.
Vai da Baixa ao
Bairro Alto,
trepa à Graça
em sobressalto,
sem saber
geografia.
à beira Tejo assentados,
a dormir na Madragoa.
Namorados de Lisboa,
num mirante deslumbrados,
à beira verde acordados.
Namorados de Lisboa...
Num carreirinho aberto pela espuma,
la vai o Cacilheiro, Tejo à solta,
e as ruas de Lisboa, sem ter pressa nenhuma,
tiraram um bilhete de ida e volta.
Excertos de poemas de José Carlos Ary dos
Santos para Um Homem na Cidade; temas musicais de José Luís Tinoco (Um Homem na Cidade e O Amarelo da Carris), Fernando Tordo (Namorados da Cidade) e Paulo de Carvalho (O Cacilheiro); repertório de Carlos do Carmo.
Capa de um disco de Carlos do Carmo. Fotos Beco das Barrelas / D.R.
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