A Rua das
Portas de Santo Antão, artéria da baixa da cidade de Lisboa, muito concorrida de
dia e de noite, deve o seu nome a uma das portas de uma das muralhas que ao longo
dos séculos defenderam a cidade, neste caso da Muralha ou Cerca Fernandina.
Lisboa
terminava às portas de Santo Antão e a partir dali, “fora de portas”, matava-se
gado, salgavam-se as carnes, amontoavam-se detritos. Também por ali existia a Cadeia
do Tronco, onde esteve preso, na sequência de uma briga em defesa de amigos,
Luís de Camões. Até que, integrada na cidade, a rua perdeu as portas de chapa
de ferro, em definitivo, no século XVIII.
A Sociedade de Geografia lado a lado com o Coliseu |
Antiga sede do Benfica |
Numa esquina da Rua funcionou uma antiga sede, depois secretaria do Sport Lisboa e Benfica, hoje propriedade da Fundação Benfica.
A par destas
atividades, a Rua das Portas de Santo Antão entrega-se à restauração - o
restaurante Gambrinus é um ex-libris de Lisboa, e a cervejaria Solmar foi, e já
não é, das casas mais populares da capital -, com muitos estabelecimentos para
os turistas e tascas para quase todos os gostos, menos os muito apurados. Salvam-se
algumas cervejarias.
O Coliseu anima
a Rua em tardes e noites de espetáculos. Durante muitos anos foi arena de
circo, mas também de boxe e luta livre, e até praça de toiros, também foi a
sala popular de ópera em Lisboa - onde atuaram, entre muitos outros, Tito
Schipa, Alfredo Kraus, Tito Gobi - mais recentemente é sala de concertos. Mas é
sempre uma animação na Rua quando há festa no Coliseu.
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Texto e fotos
Beco das Barrelas / Direitos reservados.
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