Conde Barão |
Dos mais de 57 mil
edifícios existentes em Lisboa, 8274 apresentam mau ou muito mau estado de
conservação. Segundo um recente levantamento feito
pela autarquia, é no centro da cidade que se encontra o maior número de prédios degradados.
As freguesias de
Campolide, S. José, Campo Grande e Anjos são as que concentram o maior número
de prédios a precisar de obras: 2912, dos quais 238 estão em muito mau estado.
As freguesias da Baixa, Bairro Alto, Graça, Penha de França, Campo de Ourique e
Lapa têm 1740 edifícios em mau estado e 540 em muito mau estado de conservação.
Alfama |
Nas freguesias do Lumiar, Charneca, Benfica e Carnide o problema é menos
expressivo, com 1096 prédios degradados.
Na zona oriental da cidade (que
abrange Olivais, Parque das Nações, Marvila e Beato) há 993 edifícios em mau ou
muito mau estado, número que se repete na parte ocidental (Ajuda, Alcântara,
Belém e S. Francisco Xavier).
No total, de 57.449
edifícios da cidade de Lisboa, 14 por cento estão em mau ou muito mau estado de
conservação.
O levantamento efetuado pela autarquia revela ainda que a cidade
tem 2813 prédios completamente desabitados. Este número corresponde a 5% do
total de edifícios existentes na cidade.
Praça João do Rio: degradação com maquilhagem |
O arquiteto Luís
Marques da Silva, membro do movimento Cidadania LX, lamentou o estado de
abandono em que estão muitos edifícios, grande parte deles históricos, mas
sublinhou que começa lentamente a apostar-se na sua recuperação. “Há agora
alguma recuperação das estruturas e da cobertura dos edifícios.
O problema é
que continua a haver o método de deixar andar os edifícios antigos para se
degradarem. Tiram-se telhas propositadamente para se estragarem os edifícios e
impossibilitar a recuperação”, disse o arquiteto. Luís Marques da Silva
considera que a autarquia deveria obrigar os proprietários a fazer obras ou
então realizar obras coercivas.
Texto de fotos Beco das Barrelas / Direitos reservados
Sem comentários:
Enviar um comentário