Av. Duque d'Ávila pedonal |
O
Guia é porventura demasiado severo ou talvez preconceituoso em relação à
arquitetura da época, na qual se consagraram nomes como os de Miguel Ventura
Terra, Ernesto Korrodi, Pardal Monteiro, Cassiano Branco.
Casa Malhoa: Prémio Valmor 1905 |
Certo
é que as Avenidas Novas - nomeadamente no âmbito da designação que futuramente
vai abranger as freguesias de Nossa Senhora de Fátima, S. Sebastião da Pedreira
e ainda uma parcela de Campolide - têm um notável património construído, entre
o qual se distinguem o Prédio de Gaveto entre a Avenida da República, nº 23, e
a Avenida João Crisóstomo; a Antiga Mansão dos Viscondes de Valmor; o edifício
da pastelaria Versailles; a Casa de Malhoa ou Casa, como é conhecido o edifício
do Museu Dr. Anastácio Gonçalves; o Palácio Guedes Quinhones, no início da Rua
de São Sebastião da Pedreira na esquina com a Rua Tomás Ribeiro; o Palácio
Galveias; a Praça do Campo Pequeno; para o outro lado das Avenidas o Bairro
Azul, a Casa Ventura Terra ou Palácio Mendonça.
Av. Júlio Dinis com Campo Pequeno ao fundo |
Prémios
Valmor, nas Avenidas Novas, são dezasseis, entre os quais, a Casa de Malhoa, Casa
Viscondes de Valmor, Palacete Mendonça ou Casa Ventura Terra, Vila Sousa (no
Saldanha), o nº 23 da Avenida da República, o nº 28 da Fontes Pereira de Melo,
o nº 58-60 da Tomás Ribeiro, a Igreja de Nª Sª de Fátima, a sede, jardins e
museu da Fundação Calouste Gulbenkian.
Rua Elias Garcia |
O
que poderá ter acontecido às Avenidas Novas, para rever a sentença condenatória
do Guia de 1924, foi que o efeito da patine
do tempo nas ruas e nos edifícios. Ou então os gostos foram requalificados. A
fachada do edifício que ruiu na Elias Garcia (na foto) apresenta traços de um
época que o tempo aprendeu a apreciar.
Texto de João Francisco. Fotos de
Francisco João. Direitos reservados.
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