Da Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa (Das obras que faltam à cidade de Lisboa,
em português corrente), assim escreveu Francisco d’Olanda (ou Francisco de
Holanda, hoje), em 1571, uma recomendação para D. Sebastião. A ideia – na parte
que comportava a construção de um aqueduto para abastecer Lisboa e as zonas das
fábricas – veio a ser aproveitada pelos Filipes de Espanha para lançar sobre o
país ocupado o real da água, um imposto com o alegado objectivo de financiar as obras de construção do sistema
de abastecimento de água para a capital de Portugal. Mas os Filipes colectaram o imposto mas não construíram qualquer aqueduto. O Aqueduto – com o sistema de captação e
distribuição de águas à parte ocidental da cidade de Lisboa - veio a ser
construído a partir do reinado de D.
João V.
Hoje o Aqueduto das Águas Livres já não distribui água até aos chafarizes. Mas é um imponente Monumento e Património Nacional que pode, no futuro, vir a ser Património da UNESCO.
Hoje o Aqueduto das Águas Livres já não distribui água até aos chafarizes. Mas é um imponente Monumento e Património Nacional que pode, no futuro, vir a ser Património da UNESCO.
Números:
- Da
Quinta das Águas Livres aos chafarizes, o Aqueduto chega a atingir a extensão
de 60 km.
- Ao
longo dos canais de distribuição de água existem 127 arcos e 137 clarabóias.
- O Arco Grande, o mais alto, está situado sobre a
Avenida Calouste Gulbenkian a uma altura de 65,29 metros acima do nível do rio,
ou 276,95 palmos, como se media e pagava na altura da construção.
- O Arco Grande faz parte do no Livro dos Recordes do
Guinness, com o maior arco em ogiva construído!
445 anos após o escrito do
pintor, iluminador, arquitecto e humanista português Francisco d’Olanda, o folheto em
língua inglesa sobre o Águas Livres
Aqueduct distribuído aos visitantes
do Aqueduto traduz o título da obra - Da
Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa, isto é Das obras que faltam à cidade de Lisboa - por “Of
the Factory that Dies top the
City of Lisbon”.
As visitas podem marcar-se
e fazer-se a partir do Museu da Água – Calçada da Quintinha nº 6, Lisboa – das
terças aos sábados, das 10h às 17h 30m
Texto e fotos Beco das Barrelas
O nosso aqueduto é lindo!
ResponderEliminarBoa noite.