Na recomendação, os deputados solicitam que o município envide “todos os
esforços para que este tipo de estabelecimentos possa ser protegido da
especulação imobiliária, de forma a salvaguardar a identidade
histórico-cultural desta zona da cidade”.
Isto porque, a seu ver, “o desaparecimento destes estabelecimentos irá contribuir para a descaracterização da área do Cais do Sodré”.
Isto porque, a seu ver, “o desaparecimento destes estabelecimentos irá contribuir para a descaracterização da área do Cais do Sodré”.
Ao mesmo tempo, os responsáveis pretendem que o município avance
“rapidamente com o programa Lojas com História, de forma a ajudar à preservação
do património de espaços comerciais da cidade”. Criado pela autarquia no ano
passado, este programa visa dinamizar o comércio local.
Para isso, a autarquia discutirá em breve a criação de um regulamento que
estipula os critérios de distinção dos estabelecimentos históricos da cidade,
bem como as medidas de apoio a que se poderão candidatar, suportadas por um
fundo de 200 mil euros.
A recomendação da Comissão de Economia, Turismo, Inovação e
Internacionalização surge no seguimento de uma audição feita a Fernando
Pereira, proprietário de duas discotecas no Cais do Sodré – Jamaica e Tokyo.
Este comerciante, juntamente com o dono do Europa (localizado no mesmo
edifício) recebeu, em Outubro passado, uma denúncia do contrato de arrendamento
por parte dos senhorios.
Apesar de ter efeito a partir de meados deste mês de Abril, ainda não houve
despejos, já que os donos das discotecas optaram por penhorar o edifício para
exigir conversações e pagamento de indemnizações em atraso.
O prédio onde estes espaços se encontram, na Rua Nova do Carvalho (a
chamada Rua Cor de Rosa) foi vendido pelos cerca de 30 proprietário a uma
imobiliária, que, por sua vez, o revendeu a um grupo hoteleiro francês.
Beco das Barrelas
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