Mais
dois livros sobre Lisboa vêm aumentar as ofertas de leituras sobre a história e a vida da capital.
Acabam de sair “LX 70 – Lisboa, do sonho à realidade”, de Joana Stichini Vilela,
e “Belle Époque – A Lisboa de finais do século XIX e início do século XX”, de Paula
Gomes Magalhães. O primeiro reconstitui a superfície dos anos 70 do século passado
em Lisboa; o segundo recua mais, até à passagem do século XIX para o século XX.
O
LX 70 dá sequência à ideia do LX 60: histórias de Lisboa, respigadas de jornais
e revistas e reconstituídas pelo testemunho de quem as viveu. Boa ideia e não foi
certamente por acaso que o projeto assentou nas décadas de 60 e 70: há muitos testemunhos
vivos e com memória fresca para recontar histórias.
Uma dessas histórias passou-se nos estúdios da Rádio Renascença, em 24 de Maio de 1970: o programa Tempo Zip, com papel principal para o divulgador de jazz José Duarte, conseguiu juntar nos estúdios da Rua Capelo o Modern Jazz Quartet e Gilberto Gil.
Uma dessas histórias passou-se nos estúdios da Rádio Renascença, em 24 de Maio de 1970: o programa Tempo Zip, com papel principal para o divulgador de jazz José Duarte, conseguiu juntar nos estúdios da Rua Capelo o Modern Jazz Quartet e Gilberto Gil.
O cenário estava preparado para desencadear o que se seguiu, quando os músicos,
respondendo ao apelo dos instrumentos postos à sua espera – até lá estava o vibrafone
do Mário Andrea à espera de Milt Jackson -, tocaram em direto e ao vivo numa estação de rádio
portuguesa.
A cena estava montada apenas para o MJQ, com cujos músicos José Duarte esteve a jantar no Parque Mayer, mas Gilberto Gil estava em Lisboa, apanhou um táxi que sintonizava o Tempo Zip, pediu para seguir para o estúdio daquela rádio e entrou na jam session em direto.
A cena estava montada apenas para o MJQ, com cujos músicos José Duarte esteve a jantar no Parque Mayer, mas Gilberto Gil estava em Lisboa, apanhou um táxi que sintonizava o Tempo Zip, pediu para seguir para o estúdio daquela rádio e entrou na jam session em direto.
O segundo livro reconstitui a passagem da
Lisboa romântica para a Lisboa Moderna, quando Paris - onde o século XX começara ao
mesmo tempo que a feérica iluminação elétrica – era a principal influência de Lisboa
e dos lisboetas.
Uns anos mais tarde, ainda Amália cantava: “Lisboa não sejas francesa”.
Uns anos mais tarde, ainda Amália cantava: “Lisboa não sejas francesa”.
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