Será que o Sheraton vai ter uma torre gémea? |
Uma foto aérea
com a simulação de um edifício de 17 andares construído no gaveto da Avenida
Fontes Pereira de Melo com a Avenida 5 de Outubro, publicada no Facebook pela
Associação de Moradores das Avenidas Novas, mostra a perspetiva sombria que se
apresenta para aquele ponto da cidade de Lisboa: em mais um troço da Fontes
Pereira de Melo deixará de brilhar o sol. A conjugação dos edifícios Imaviz,
Sheraton, Forum Picoas e Saldanha Residence projetará sobre a Avenida uma zona
permanentemente sombria.
E isto a troco
de erguer “um emblema de futuro” e "atrair empresas" que têm deslocado a sua
atividade para fora de Lisboa. As empresas talvez regressem, para entupir mais
ainda a cidade, mas o sol não voltará. E o futuro não é necessariamente uma
torre de escritórios e comércio. O futuro mais propriamente reside na vizinha Maternidade Alfredo da Costa.
A Associação
de Moradores das Avenidas Novas contestou a construção da torre que é
igualmente posta em causa numa petição que corre na internet. A petição frisa
que “este conjunto irá esmagar visualmente o contíguo Museu Anastácio Gonçalves”
e “implicará naturalmente um enorme aumento de tráfico de carros numa zona já
com intenso movimento”.
O local
previsto para a construção da torre está integrado na Zona de Proteção do
Metro, Zona de Proteção da Maternidade Alfredo da Costa, Zona de Proteção da
Casa de Malhoa/Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves e Zona de Intervenção do
Aeroporto de Lisboa. Mas nenhuma destas condicionantes foi suficiente para que
a Direção-Geral do Património Cultural, a Administração Regional de Lisboa e
Vale do Tejo e o Metropolitano de Lisboa emitissem pareceres desfavoráveis à
execução da obra.
Texto e foto Beco das Barrelas
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