Fados e canções de Amália gravados mas nunca editados, interpretados em
português, espanhol, francês e inglês, estão a ser reunidos em dois discos.
‘Amália no Chiado’, editado pela Valentim de Carvalho, é fruto da
pesquisa de Frederico Santiago, cantor lírico de São Carlos, colaborador da
editora e um apaixonado por fado e por Amália Rodrigues.
"As gravações foram feitas entre 1951 e 1954, na Valentim de Carvalho
no Chiado. São trabalhos gravados pelo Hugo Ribeiro, que Amália dizia ser quem
melhor captava a sua voz", afirma Frederico Santiago.
Em 1952, Amália viajou para Londres para gravar um disco nos estúdios de
Abbey Road. "Sempre se pensou que esses temas teriam sido as primeiras
gravações" para a Valentim de Carvalho. Contudo, "sabe-se agora
que Amália gravou muita coisa em 1951, antes da viagem. E a maior parte
desses trabalhos nunca foi editada", esclarece Frederico Santiago.
«Amália no
Chiado» tem 46 temas, entre os quais sobressai o inédito «Fado Lamentos», com
letra e música de Amália.
Desenho de António, no Aeroporto de Lisboa |
Referindo-se ao «Fado Lamentos», Frederico Santiago afirmou
que foi possível atribuir a autoria graças ao investigador Vítor Pavão dos
Santos, «que se lembrava de Amália o referir em conversas» e, por outro lado,
este fado «era um dos complementos cinematográficos realizados por Augusto
Fraga em 1947, cuja imagem se perdeu, mas o som existe no arquivo do Arquivo
Nacional das Imagens em Movimento, e foi encontrado um prospeto anunciando o
filme que se exibia, e como complemento este fado, atribuindo a autoria a
Amália Rodrigues».
Outra raridade é a única gravação de «A minha canção é Saudade», numa melodia de Franklin Godinho. Amália gravou estes mesmos versos, posteriormente, com uma melodia de Frederico de Brito.
Santiago tinha já sido responsável pela reedição, em 2010, do álbum «Com que Voz», no qual incluiu uma entrevista da fadista, e versões de alguns dos temas, antes da escolha final para o álbum que ganhou vários prémios europeus.
Santiago destacou nesta edição, a primeira gravação do «Fado Primavera», de David Mourão-Ferreira, no Fado Pedro Rodrigues, que Amália voltou a gravar em 1965, que faz parte do álbum «Segredo», e em 1966, que incluiu no álbum «Fados 67». Está também publicada uma versão ao vivo no Café Luso, em Lisboa, em 1955.
«Nestes CD há muito repertório de Linhares Barbosa, um poeta do fado, com uma escolha cuidada de Amália, que se nota ao ter também integrado nestas mesmas sessões de gravação poemas de Sidónio Muralha, ‘Amantes Separados’, Pedro Homem de Mello, ‘Fria Claridade’ e David Mourão-Ferreira».
Outra raridade é a única gravação de «A minha canção é Saudade», numa melodia de Franklin Godinho. Amália gravou estes mesmos versos, posteriormente, com uma melodia de Frederico de Brito.
Santiago tinha já sido responsável pela reedição, em 2010, do álbum «Com que Voz», no qual incluiu uma entrevista da fadista, e versões de alguns dos temas, antes da escolha final para o álbum que ganhou vários prémios europeus.
Santiago destacou nesta edição, a primeira gravação do «Fado Primavera», de David Mourão-Ferreira, no Fado Pedro Rodrigues, que Amália voltou a gravar em 1965, que faz parte do álbum «Segredo», e em 1966, que incluiu no álbum «Fados 67». Está também publicada uma versão ao vivo no Café Luso, em Lisboa, em 1955.
«Nestes CD há muito repertório de Linhares Barbosa, um poeta do fado, com uma escolha cuidada de Amália, que se nota ao ter também integrado nestas mesmas sessões de gravação poemas de Sidónio Muralha, ‘Amantes Separados’, Pedro Homem de Mello, ‘Fria Claridade’ e David Mourão-Ferreira».
A fadista é acompanhada pelos guitarristas Raul Nery, Jaime
Santos e o violista Santos Moreira.
O coordenador da edição afirmou que «todas as gravações foram recuperadas a partir das bobinas originais e, no seu restauro, não foram usados processos extremos que afetassem a transparência musical, mesmo ouvindo-se algumas imperfeições inerentes aos mais de 60 anos passados desde a data de gravação, provenientes da bobine. Daí ter-se optado por manter um volume geral que não obrigasse a nenhuma compressão e não potenciasse as distorções existentes nas bobinas originais». A remasterização, sob supervisão de Santiago, é de Paulo Jorge Ferreira.
O coordenador da edição afirmou que «todas as gravações foram recuperadas a partir das bobinas originais e, no seu restauro, não foram usados processos extremos que afetassem a transparência musical, mesmo ouvindo-se algumas imperfeições inerentes aos mais de 60 anos passados desde a data de gravação, provenientes da bobine. Daí ter-se optado por manter um volume geral que não obrigasse a nenhuma compressão e não potenciasse as distorções existentes nas bobinas originais». A remasterização, sob supervisão de Santiago, é de Paulo Jorge Ferreira.
No Castelo
ponho o cotovelo…
A convite da
Rádio Comercial, 35 cantores cantaram para Carlos do Carmo no momento em que o
fadista recebia em Hollywood o Grammy
Lifetime Achievement Award. O fado
escolhido para a homenagem dos cantores a um cantor foi Lisboa Menina e Moça, música de Paulo de Carvalho, poema de José
Carlos Ary dos Santos com Joaquim Pessoa, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho,
do reportório do homenageado.
No tributo da Comercial a Carlos do Carmo podem ouvir-se, entre outras, as vozes de Cuca
Roseta, Boss AC, Paulo de Carvalho, Rita Redshoes, Miguel Ângelo, Tiago Bettencourt, Ana
Bacalhau, Camané, Carminho, Rui Reininho, Jorge Palma, Mafalda Arnauth, Paulo
Gonzo, Luís Represas, Raquel Tavares, Mariza e Gil do Carmo.
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