A
organização The Gardener’s Garden identificou os 250 jardins mais notáveis do mundo, entre os quais situou cinco jardins portugueses
e destes um jardim de Lisboa: o jardim do Palácio de Fronteira.
Entre os jardins selecionados encontram-se alguns bastante previsíveis, tantas
e tão frequentes são as nomeações que recebem. É o caso dos clássicos e
inevitáveis jardins do Taj Mahal, na Índia; do Kew Gardens, em Inglaterra; os
jardins de Versalhes, em França; do Alhambra, em Espanha; a High Line de Nova
Iorque; ou o sítio de Roberto Burle Marx, no Brasil.
No
capítulo dedicado ao Sudoeste Europeu - França, Espanha e Portugal -, surgem as
cinco escolhas portuguesas:
Em
Lisboa, os jardins do Palácio Fronteira, da Fundação Casas de Fronteira e Alorna (nas fotos);
No
Porto, o Parque de Serralves, da Fundação do mesmo nome;
em Sintra, a
Quinta da Regaleira, da CulturSintra; Nos Açores, o Parque Terra Nostra, propriedade
do Grupo Bensaúde ligado à hotelaria; e a Quinta do Palheiro, ou Palheiro
Estate, no Funchal, Madeira, propriedade da família Blandy.
Consideremos
o jardim
Consideremos
o jardim, mundo de pequenas coisas,
calhaus,
pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes.
Sequências
de convergências e divergências,
ordem
e dispersões, transparência de estruturas,
pausas
de areia e de água, fábulas minúsculas.
Geometria
que respira errante e ritmada,
varandas
verdes, direcções de primavera,
ramos
em que se regressa ao espaço azul,
curvas
vagarosas, pulsações de uma ordem
composta
pelo vento em sinuosas palmas.
Um
murmúrio de omissões, um cântico do ócio.
Eu
vou contigo, voz silenciosa, voz serena.
Sou
uma pequena folha na felicidade do ar.
Durmo
desperto, sigo estes meandros volúveis.
É
aqui, é aqui que se renova a luz.
António Ramos Rosa, in
"Volante Verde"
Fotos Beco das Barrelas
Sem comentários:
Enviar um comentário