O 24 de Julho, nome de
avenida ribeirinha de Lisboa, é o do ano de 1833, data da entrada no continente
das tropas liberais, comandadas pelo Duque da Terceira, que chegaram a Lisboa
para se oporem, em defesa de D. Pedro, aos absolutistas de D. Miguel.
Mercado da Ribeira |
Mas nos anos 90 do século
passado, um inquérito publicado por uma revista de fait-divers, realizado no local, revelava que a maioria dos que
curtiam a movida de Lisboa na 24 de Julho admitiam que a data fosse a da
inauguração das discotecas Kremlin, da Kapital ou do Plateau. O centro do mundo
da movida da noite de Lisboa situava-se então nas Escadinhas da Praia, à 24 de
Julho.
Museu de Arte Antiga visto do Tejo |
A Avenida, então chamada de
Rua, já foi da Praça D. Luís ao Caneiro de Alcântara, depois, já com o estatuto
de Avenida, ia de S. Paulo a Alcântara. Mas sempre correu paralela ao Rio Tejo
e à linha férrea que liga o Cais de Sodré aos Estoris, isto é, a Linha de
Cascais.
A longa Avenida conhece, no
seu percurso, a Praça Duque da Terceira, o Mercado da Ribeira, a Administração
do Porto de Lisboa, a Infante Santo, a Gare da Rocha do Conde de Óbidos, o
Palácio da Cruz Vermelha, o Museu Nacional de Arte Antiga.
Aqui há dois anos, a Câmara
anunciou o propósito de fazer da Avenida uma Alameda 24 de Julho. Veremos.
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