Vinte
anos após a inauguração, em Abril de 1852, o Jardim da Estrela recebeu um leão.
A fera foi oferecida à cidade pelo africanista Paiva Raposo, sendo instalada
numa jaula sensivelmente no local onde hoje se abre um dos portões do Jardim
para a Avenida Pedro Álvares Cabral. O leão chegou a ser popular em vida e mais
ainda depois da morte, quando Arthur Duarte resolveu dar o título de Leão da Estrela a uma comédia de 1947 sobre
as aventuras de um adepto do Sporting.
O
Jardim chamava-se Passeio da Estrela à época da inauguração. Mais tarde foi
crismado Jardim Guerra Junqueiro. De resto, o Jardim da Estrela mantém a
fisionomia de parque à inglesa. A colina, em caracol, que fazia de miradouro,
está interdita por risco de desprendimento de pedras. O parque dos baloiços
está igualzinho ao que sempre foi. Agora há dois cafés com esplanadas. E equipamentos
desportivos informais. O coreto de ferro já não é usado com tanta frequência
para concertos filarmónicos. Mas, nos tempos mortos, há quem use o coreto para
um pezinho de dança.
A flora conserva-se exuberante e na fauna os patos e as carpas convivem no lago, onde uma escultura alegórica vai mantendo o nível das águas. As estátuas - de Antero e João de Deus no Jardim Guerra Junqueiro, da guardadora de patos e do cavador - estão nos seus postos.
E no seu conjunto o Jardim ainda vale algumas estrelas.
Fotos Blogue das Barrelas / direitos
reservados
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