Martim Moniz,
figura lendária da conquista de Lisboa aos mouros (1147), ficou com o nome numa
porta do Castelo e, mais tarde, numa Praça aos pés da colina mais alta de
Lisboa.
Denominada no
calão lisboeta por “O Entalado”, o Martim Moniz foi um simples troço da Rua da
Palma, até que se autonomizou como Praça a meio do século passado. A Praça do
Martim Moniz foi alvo de diversas malfeitorias que desfeitearam e
desclassificaram o local. Mas eis que às portas do século XXI, o Martim Moniz
se atravessou nos umbrais da história e disse que também queria participar. E
aí está a Praça do Martim Moniz requalificada, balizada pela capelinha da
Senhora da Saúde e pelo velho Centro Comercial da Mouraria - a mais
intercultural grande superfície de Lisboa - e as novíssimas Residências Martim
Moniz, do lado em que se situou o Teatro Adoque e “com vista para o fado”, como
dizem os publicitários.
A Praça é um
espaço de lazer que descobriu o seu lugar num vasto terreiro que ardia ao Sol.
Água a correr e sombras, muita água e muitas sombras, mudaram o ambiente. O
projeto, com o traço do arquiteto João Paulo Bessa, não esqueceu a História,
simbolizada em torres e elmos dos tempos da conquista, e virou-se para vida. Música
de fusão e quiosques de restauração intercultural, como é apanágio da zona, completam
o quadro.
Está-se bem no
Martim Moniz.
Texto de João Francisco. Fotos de Francisco João / direitos
reservados.
O Festival Todos - música, fotografia, circo, teatro, dança, arte urbana, gastronomia - decorre até 23 de Setembro entre o Intendente / Mouraria / Martim Moniz e São Bento / Poço dos Negros.
Programa aqui. Música aqui.
Agradeço a simpatia do seu comentário - pena é que a terra não seja "alimentada" convenientemente para que árvores e arbustos cresçam mais viçosos (por baixo de cada canteiro há apenas um parque de estacionamento...).
ResponderEliminarA autoria do projecto é partilhada com a arq.ª Daniela Hermano.