Foram as infindáveis obras do Metro na Praça do
Comércio – com parte da cidade a afundar-se -, as obras infindáveis na própria
Praça, as obras no Ministério das Finanças, as obras infindáveis da
requalificação da Zona Ribeirinha – no dia da conclusão da primeira fase foi
anunciado o arranque da segunda fase -, foi o desvio do trânsito da Ribeira das
Naus para a Rua do Arsenal e Bernardino Costa, mais as obras na estátua do
próprio D. José e as obras no Arco da Rua Augusta, foi o avanço sobre o rio com
criação de um espaço verde e de uma pequena praia…
A zona da Praça do Comércio e respectivas
redondezas está em obras há perto de duas décadas. Só a ligação do Metro da
Baixa-Chiado a Santa Apolónia – inaugurada em 19 de Dezembro de 2007, pelos
sucessivos atrasos na Praça do Comércio -, demorou 11 anos. Foi agora anunciado
que o trânsito na Avenida Ribeira das Naus, cortado em Abril, será retomado em
Setembro mas com muitas restrições. As obras não acabaram…
Corta o trânsito, desvia o trânsito, interrompe o
trânsito, condiciona o trânsito, engarrafa o trânsito… Talvez no final de tudo
isto – a haver um final – a Cidade e os lisboetas ganhem com tanta obra, tanta
interrupção, tanta demora e tanto atraso. Mas que Lisboa e os lisboetas
penaram, lá isso penaram!
Um inquérito da agência Lusa no local, publicado
nos jornais, revela que os comerciantes e residentes na zona estão divididos:
uns criticam o caos no trânsito na Ribeira das Naus; mas outros acreditam que
no final vai ser bom para o turismo.
Texto e fotos Beco das Barrelas / D.R.
Em 1966, o Thomas Cabeça-de-Abóbora inaugurou o fim das Obras de Santa Engrácia. Os Ridículos!
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