A Cinemateca
Portuguesa está em “situação de penúria”, revelou a diretora, Maria João
Seixas. O subdiretor, José Manuel Costa, acrescentou que já estão em causa
“funções estatutárias” do organismo por falta de financiamento, com atividades
suspensas ou bloqueadas. A Cinemateca tinha já conseguido preservar cerca de
metade de todas as longas-metragens portuguesas desde o tempo do cinema mudo.
Mas a preservação do património fílmico em película está parada por falta de
financiamento público e de medidas de controlo administrativo, por parte do
Governo.
A Cinemateca
Portuguesa foi fundada em 1948, com a designação de Cinemateca Nacional e tendo
como diretor Manuel Félix Ribeiro, funcionário do Secretariado Nacional de
Informação / SNI, sucedendo-lhe nos anos 70 Luís de Pina. O terceiro diretor da
Cinemateca, entre 1991 e 2009, foi João Bénard da Costa, a quem sucedeu Maria
João Seixas, em Janeiro de 2010.
As atuais
instalações da Cinemateca, na Rua Barata Salgueiro, foram inauguradas em 1980 e
restauradas no início deste século. A Cinemateca Portuguesa tem três salas de
projeção de filmes, a sala Félix Ribeiro, a sala Luís de Pina e um terraço para
cinema ao ar livre. Na Cinemateca Portuguesa funcionam ainda o Museu, uma Biblioteca
e o Arquivo Nacional de Imagens em Movimento.
Com sede no Palácio Foz foi
criada em 2007 a Cinemateca Júnior.
Na programação
de Janeiro estão previstas cerca de 130 sessões de cinema e alguns colóquios,
para “discutir os problemas” do lado invisível da Cinemateca. Estão igualmente previstos
debates em torno do património fílmico, projeções de filmes sobre a história do
cinema e visitas guiadas ao Arquivo Nacional de Imagens em Movimento, o centro
nevrálgico dos arquivos da Cinemateca.
Texto e fotos do
Beco das Barrelas / Direitos reservados.
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