O Tollan ainda se afundou a preto e branco |
Entre 16 de
Fevereiro de 1980 e 2 de Dezembro de 1983 Lisboa teve uma atração turística
supranumerária: um barco de casco para o ar, o Tollan.
Era um barco a
sério, um navio porta-contentores inglês que colidiu no nevoeiro com um
cargueiro sueco, o Barranduna, e começou a submergir no Tejo, em frente do Terreiro do
Paço. O naufrágio custou a vida a quatro dos 16 tripulantes do Tollan. Mas o
mais original é que dois dias depois do naufrágio o Tollan rodou 180 graus e
encalhou de casco para o ar. O casco era inicialmente vermelho mas foi perdendo
a cor, ganhando no entanto algumas inscrições políticas.
E apesar de
constituir perigo evidente para a navegação no Tejo, o Tollan ali ficou três
anos – 3 anos 3 –, resistindo heroicamente a diversas tentativas de remoção. Em
Lisboa, quando não havia absolutamente mesmo mais nada para fazer, as pessoas iam ver o
Tollan, vendo talvez no porta-contentores inglês a imagem de um país encalhado.
Começou num mês de Fevereiro há 35 anos. Nesse ano, a RTP começou as emissões a
cores; em Coimbra foi restabelecida a Queima das Fitas; etc.
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