Um Fernão de
Magalhães com 2,63m de altura, de espada em riste, projeta-se sobre um canhão
montado na amurada de um navio de pedra, procurando no horizonte os 360 graus de
uma circum-navegação. O navegador está ali de bronze e expectante.
Provavelmente, Magalhães interroga-se sobre o que está ali a fazer.
Fernão de Magalhães
está ali na qualidade de réplica da estátua que lhe ergueram na Praça principal
da cidade de Punta Arenas, nas terras de Magallanes, no extremo da Antártica Chilena.
E toda a gente compreenderá o que faz naquela ponta do Mundo o circum-navegador.
Mais curiosidade
levantará a localização de Fernão de Magalhães em Lisboa, no cruzamento da Avenida
Almirante Reis com as ruas Morais Soares e a António Pereira Carrilho. A Praça recebeu
a denominação do Chile, em homenagem à República Chilena, em 1928, e a estátua oferecida
pelo Chile a Portugal lá foi implantada em 1950, vinte anos após o lançamento da
primeira pedra.
E como a diplomacia
e a toponímia têm razões que a razão não entende, para retribuir à República do
Chile a amabilidade da oferta da estátua de Magalhães, Lisboa plantou na Avenida
da Liberdade uma placa evocativa do venezuelano Simon Bolivar.
Estamos quites.
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