Vinte e quatro
por cento da população que habita em Lisboa tem mais de 65 anos. O mesmo é
dizer que um em quatro residentes da capital é idoso. A percentagem vem
referida num relatório da OCDE sobre população nas cidades mais desenvolvidas.
Lisboa é a menos das mais desenvolvidas e excede largamente a percentagem das
outras cidades, onde os maiores de 65 anos são, em média, 14%.
O relatório da
OCDE observa que um desafio social que se depara a uma Lisboa envelhecida é o
de promover a acessibilidade aos serviços, designadamente a acessibilidade dos
transportes.
Em Lisboa e
por parte da população idosa “o uso dos transportes públicos é baixo”, conclui
a OCDE. Para além dos preços altíssimos, os idosos também têm dificuldade em
perceber a rede de transportes públicos, o que os demove de a utilizar. Mas, ao
mesmo tempo, andar a pé em Lisboa também não é fácil para os idosos. Há poucos
passeios e poucas zonas pedonais, conclui a OCDE.
Para a Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Económico o principal problema para a população
idosa da cidade de Lisboa é a pobreza. Em 2011, 7,3% da população idosa vivia
na pobreza – e a situação de então para cá agravou-se brutal e impiedosamente.
A falta de condições económicas e a falta de mobilidade conduz ao isolamento
das populações mais envelhecidas, alerta a OCDE.
Texto e fotos Beco das Barrelas
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