De
há uns anos para cá as políticas em Portugal acabam todas com o mesmo filme:
privatiza-se. A Tobis Portuguesa, herdeira da Companhia Portuguesa de Filmes
Sonoros Tobis Klangfilm, foi privatizada no Outono de 2011, adquirida por
investidores angolanos por sete milhões de euros, a base de licitação pela qual
foi posto à venda. E agora os antigos estúdios de cinema ali estão, na Quinta
das Conchas, ao Lumiar, a produzir um filme mudo e parado no tempo.
A
Tobis tinha 79 anos e enquanto houve cinema em Portugal – desde a Canção de Lisboa e do Pátio das Cantigas - foi ali que se fez.
E assim foi até chegar ao poder uma casta política que acaba com tudo: a
agricultura, as pescas, os transportes, o teatro, o cinema. É uma espécie de
praga, pior que a dos escaravelhos das palmeiras ou os besouros dos pinheiros.
A
Tobis foi fundada em 1932 e já neste século investiu fortemente em tecnologia
para pós-produção de imagem e som. Poucos anos após esse investimento foi
alienada pelo Estado.
E
agora? Agora, vamos para intervalo.
Sem comentários:
Enviar um comentário