Ó
Céu azul - o mesmo da minha infância - // Eterna verdade vazia e perfeita! // Ó
macio Tejo ancestral e mudo
//
Pequena verdade onde o céu se reflecte! //
Álvaro
de Campo, Lisbon revisited (1923)
Ó Lisboa das meigas Procissões! // Ó Lisboa de Irmãs e de fadistas! //
Ó Lisboa dos líricos pregões... // Lisboa com o Tejo das Conquista, //
Mais os ossos prováveis de Camões! // Ó Lisboa de mármore, Lisboa!
// Quem nunca te viu, não viu coisa boa...
António Nobre, Lisboa das naus
Torre
de Belém (...) Quase flutuas, sim, tu és um barco. // E, á ponte de comando, //
eu sinto-me um rei súbito cismando// no branco dos velames,
//
na solidão das quilhas e dos mastros (..)
João
Rui de Sousa, Lisboa com seus poetas
É uma nação única de memórias do mar, // que não responde senão em
nós.
// Glórias, misérias, // que guardámos por detrás do olhar lírico
// e da língua, a silabar dentro da boca. //
// e da língua, a silabar dentro da boca. //
Nunca chamámos o mar nem ele nos chama //
mas está-nos no palato como estigma.
mas está-nos no palato como estigma.
Fiama Hasse Pais Brandão, Foz do Tejo, um
País
O Tejo é mais belo que o rio
que corre pela minha aldeia, //
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia //
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. //
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia //
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. //
O Tejo tem grande navios // E
navega nele ainda,//
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,//
A memória das naus.
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,//
A memória das naus.
Alberto Caeiro,
O Tejo é mais
belo que o rio que corre pela minha aldeia
Fotos de Francisco João / Direitos reservados.
Fotos de Francisco João / Direitos reservados.
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