A modalidade
que este senhor pratica, no estuário do Tejo por alturas de Belém, designa-se
por pesca lúdica apeada, mas ele talvez não saiba. Possivelmente está
simplesmente a pescar, para matar o tempo e a ver se algum peixe pica, que
sempre sai mais em conta.
Pois a pesca
lúdica apeada - assim chamada para se distinguir da pesca lúdica a bordo de
embarcação - está sujeita a um vasto conjunto de leis e regras. Para já, a
pesca lúdica apeada pode realizar-se a partir de um molhe ou barra de um porto,
desde que as condições do mar não coloquem em risco a vida do pescador, e
sempre a mais de 100 metros de um porto de abrigo, doca, estaleiro ou - o que
não é menos importante - de uma saída de esgoto. Também não é permitido pescar
em portos de pesca ou marinas de recreio, ou em praias concessionadas durante a
época balnear.
Postas estas
questões prévias, temos que cada pescador lúdico apeado tem de manter-se à
distância mínima de 5 metros do pescador lúdico apeado mais próximo.
Por último, a
prática da pesca lúdica apeada está sujeita a uma licença de pesca lúdica que,
pedida na capitania de Lisboa, abrange uma área desde a Torre de São Julião da
Barra, inclusive, até ao paralelo junto ao lugar de Galherão, a norte da Lagoa
de Albufeira, incluindo as águas interiores não marítimas do Rio Tejo e os seus
braços.
Posto isto,
dedicai-vos à pesca. E que o peixe pique.
Texto e fotos
Beco das Barrelas / Direitos reservados
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