Nascido em
Alhandra em 7 de Março de 1843, José Thomaz de Sousa Martins veio para Lisboa
no fim da instrução primária, recolhido por um tio materno após a morte do pai,
fez o curso liceal e, mais tarde, frequentou os cursos de medicina e de
farmácia. O tio era proprietário da Farmácia Ultramarina, na Rua de São Paulo,
o que teve influência nas escolhas do jovem. Sousa Martins licenciou-se em
Farmácia com 21 anos e em Medicina com 23. Aos 33 anos foi convidado para reger
a cátedra de Patologia na Escola Médica.
Sete anos após
a sua morte, foi erguida no Campo dos Mártires da Pátria, em frente da Escola
Médica, a estátua do médico Sousa Martins, a 7 de Abril de 1904. Outros
monumentos evocativos de Sousa Martins foram levantados em Alhandra e na
Guarda, onde em 1918 foi construído o Sanatório com o nome do clínico.
A devoção em torno do Dr. Sousa Martins enche o espaço em redor do seu monumento em Lisboa de ex-votos, placas de mármore com agradecimentos por graças recebidas, velas acesas, flores. O médico é venerado como um santo. Mas a Igreja Católica abjura o culto em torno do Sousa Martins, praticante do espiritismo e suicida.
Guerra
Junqueiro disse a respeito do Dr. Sousa Martins:
“Eminente homem que radiou amor, encanto,
esperança, alegria e generosidade,
Foi amigo,
carinhoso e dedicado dos pobres e dos poetas,
A sua mão
guiou. O seu coração perdoou, A sua boca ensinou.
Honrou a
medicina portuguesa e todos os que nele procuraram cura para os seus males.”
Texto e fotos
Beco das Barrelas / Direitos reservados.
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