A população residente em Portugal, à data do
momento censitário (21 de Março de 2011) era de 10 562 178 pessoas, das quais 5
046 600 são homens e 5 515 578 são mulheres, de acordo com os resultados
definitivos dos Censos 2011.
A população
O crescimento
de 2% da população (206 061 pessoas) verificado nos últimos dez anos deveu-se
predominantemente a um saldo migratório positivo de 188 652, uma vez que o
saldo natural (número de nascimentos menos o número de óbitos) contribuiu com
apenas 17 409 pessoas para este crescimento.
Onde reside a população
A Região do
Alentejo voltou a perder população (cerca de 2,5%, ou seja 19 283 pessoas) face
a 2001, bem como a Região Centro. A Região Norte manteve praticamente a população
que tinha na última década. Apresentaram saldo positivo a Região do Algarve
(+14%), as RA dos Açores (+2%) e da Madeira (9%) e a Região de Lisboa (+6%). Mais de 80% da população
residente concentrava-se em 3 regiões do país: Norte (34,9%), Lisboa (26,7%) e
Centro (22,0%).
Desertificação no
interior do país aumentou na última década; 50% da população residente
concentra-se em 33 dos 308 municípios do país.
Dos 10 Municípios mais
populosos do país, 6 localizam-se na Região de Lisboa e 4 na Região
Norte
Em 2011, o grupo dos 10 municípios mais populosos
alterou-se ligeiramente, em relação a 2001: Lisboa, Sintra, Vila Nova de Gaia e Porto mantiveram-se nas quatro
primeiras posições.
Indicadores demográficos
Percentagem de jovens
recuou para 15% e de idosos cresceu para 19%.
A estrutura
etária da população acentuou os desequilíbrios já evidenciados na década
passada.
Idade média da população aumentou
3 anos numa década: é agora de 41,8 anos. A
idade média da população residente aumentou, na última década, cerca de 3 anos,
tendo-se fixado nos 41,8 anos. A idade média das mulheres (43,2 anos) é
superior à dos homens, (40,3 anos).
Índice de envelhecimento
Em 2011, o índice de envelhecimento da população
era de 128, o que significa que por cada 100 jovens existiam 128 idosos.
Índice de longevidade
O índice de longevidade, que relaciona a população
com 75 ou mais anos com o total da população idosa com 65 ou mais anos era, em
2011, de 48, face a 41 em 2001 e 39 em 1991. Em termos regionais, Lisboa
apresentou o índice mais baixo (46 anos).
População de nacionalidade estrangeira
À data da realização dos Censos 2011, residiam em
Portugal 394 496 pessoas de nacionalidade estrangeira, o que representava cerca
de 3,7% do total da população.
A maior comunidade estrangeira residente em Portugal era a brasileira,
com 109 787 pessoas (cerca de 28%), seguindo-se a cabo-verdiana, com 38 895
(10%). A comunidade ucraniana era a terceira mais representada em Portugal, com
9%, surgindo a angolana em 4º lugar.
População estrangeira mais
jovem do que a portuguesa
A população estrangeira era, em 2011, bastante
mais jovem do que a portuguesa, com uma idade média de 34,2 anos, face a 42,1
da portuguesa.
A Região de Lisboa
concentrava mais de metade dos estrangeiros a viver em Portugal.
Estado civil e conjugalidade
Embora em 2011 as uniões conjugais continuassem a
ser maioritariamente formalizadas através do casamento (87%), as uniões de
facto já representavam cerca de 13% do total face a 7% em 2001.
Em Lisboa as
uniões de facto representam cerca de 20% das uniões conjugais.
Nível de escolaridade
Na última década, o país registou progressos muito
significativos em todos os níveis de ensino.
O número de diplomados quase duplicado e atingido
1 244 742, 60% dos quais mulheres; A população com 15 ou mais anos com pelo
menos o 9º ano aumenta para 50%, sendo 38% em 2001; A taxa de analfabetismo
recuou de 9% em 2001 para 5,2% em 2011.
Caracterização socioeconómica
Perante a atividade económica, em 2011, 42% da
população total encontrava-se na situação de empregada, 6% na condição de
desempregada e 52% na situação de inatividade.
Principal fonte de rendimento
De acordo com os resultados dos Censos 2011, para
48% da população residente com 15 ou mais anos, a principal fonte de rendimento
nos 12 meses, foi o trabalho, seguindo-se as pensões e reformas para 27% da
população. 18% da população com 15 e mais anos vivia a cargo da família.
Emprego, horário de trabalho,
profissão e ramo de atividade
De acordo com os resultados dos Censos 2011, a
população empregada em Portugal era de 4 361 187 pessoas, sendo 52,2% homens e
47,8% mulheres.
A maior parte da população (81,2%) trabalhava por
conta de outrem.
Movimentos pendulares
De acordo com os resultados definitivos dos Censos
2011, o movimento pendular de entrada e saída de população nos municípios de
Lisboa e do Porto, por razões de trabalho ou estudo, abrangia 425 737 e 171 738
pessoas, respetivamente, sendo maioritariamente de entrada de população.
Meio de transporte
O automóvel é o meio de transporte mais utilizado
pela população nas deslocações casa-trabalho ou casa-estudo. Nas áreas metropolitanas
de Lisboa e Porto a percentagem da população que diariamente se desloca para a
realização das suas atividades é de 54,0% e 62,7%, respetivamente.
No quadro do transporte coletivo, só o
metropolitano reforçou a sua importância nas deslocações pendulares.
As famílias são hoje mais
pequenas
A dimensão média das famílias era de 2,6, em 2011,
enquanto em 2001 era de 2,8. Lisboa, Alentejo e Algarve tinham as famílias
menos numerosas, com 2,4 elementos.
Aumentou o número de pessoas
que vivem sós
As famílias clássicas constituídas por uma só
pessoa representavam, em 2011, cerca de 21% do total de famílias, tendo o seu
número vindo a aumentar nas últimas décadas. Em 2011, foram recenseadas 866 827
famílias unipessoais,
Na maior parte constituídas por uma pessoa idosa.
Na última década, manteve-se um
forte crescimento do parque habitacional.
Lisboa detinha a maior percentagem de alojamentos
de residência habitual (76%), a par da menor percentagem de residências
secundárias (11,5%).
Lisboa era a região onde o
arrendamento tem maior importância
No conjunto do País e face a 2001, o número de
alojamentos arrendados aumentou 6,3%. Lisboa era a região do país onde o número
de casas arrendadas mais pesava (27%).
Lisboa era a região do país com
os alojamentos mais pequenos
A área útil média dos alojamentos atingia cerca de
109 m2, a que correspondia 4,98 divisões por alojamento. Na Região de Lisboa os
alojamentos eram, em média, de menor dimensão (96 m2).
Na Região de Lisboa, 75,6% dos edifícios foram
estruturalmente construídos, para integrarem 3 ou mais alojamentos, proporção
bastante superior à média nacional.
Nas regiões de Lisboa e Algarve os edifícios com
acesso a cadeira de rodas, representavam cerca de 43%.
Dos Censos 2011, Instituto Nacional de Estatística. Fotos Beco das Barrelas / Direitos reservados.
Sem comentários:
Enviar um comentário