quarta-feira, dezembro 31, 2014

Acontecimento do ano em Lisboa – A explosão da arte urbana

Alexandre Farto, Vihls,
na Travessa das Merceeiras
O destaque dado a Lisboa como uma das cidades onde "os melhores artistas de rua do panorama mundial têm a sua marca" seria suficiente para explicar a escolha da explosão da arte urbana como acontecimento do ano na capital portuguesa, por parte do blogue Beco das Barrelas. Mas diversos outros acontecimentos justificavam já a escolha, antes mesmo desta distinção mundial.


Lisboa passou com efeito a exibir nas suas paredes a marca dos melhores artistas de rua mundiais. Os leitores do blogue Beco das Barrelas acompanharam, este ano como nos anteriores, algumas das marcas desses artistas, fenómeno a que temos dado a maior atenção. O caso mais recente foi o do brasileiro Francisco Rodrigues da Silva, que usa o nome artístico Nunca,  expondo uma peça mural de grande escala na Rua do Vale Formoso de Cima. Mas por aqui passaram também, entre outros, os ucranianos Alexi e Vladimir que deixaram o seu traço na Praça Olegário Mariano.

Tinta Crua na Calçada da Glória
O mais importante, porém, é que artistas portugueses passaram a fazer parte do galarim dos “melhores artistas de rua do panorama mundial” e o caso mais brilhante passou por este blogue, onde se deu o devido destaque à participação do pintor Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils, num projeto dos U2.
A publicação de um guia da chamada Street Art em Lisboa, editado pela Zest Books for Life, foi outro acontecimento marcante. Bem como o trânsito da arte urbana lisboeta das ruas para uma galeria, a Underdogs, e um suporte mais sustentável, a serigrafia.
O sexto aniversário do Gabinete de Arte Urbana (GAU) da CML, celebrado com novos painéis na Calçada da Glória e Largo da Oliveirinha, é outro marco deste ano. O GAU tem sido a alavanca que projeta a pintura e os pintores de rua de Lisboa e que lhes dá cobertura institucional e logística. 

E como se não bastasse esta sucessão de acontecimentos para consagrar a arte urbana de Lisboa, tivemos também em 2014 um acto de censura: uma revista foi suspensa por publicar um ensaio cujo autor observava que «nos últimos anos parece ter despontado nas paredes uma nova vontade de comunicação política». 

Sem comentários:

Enviar um comentário