quinta-feira, dezembro 11, 2014

Lisboa é dos livros


Último Cabalista de Lisboa, Richard Zimler
Lisboa no século XVI, a Inquisição, os Cristãos Novos.

História do Cerco de Lisboa, José Saramago
Duas histórias: uma, a da batalha dos portugueses, apoiados pelos Cruzados, contra os mouros durante o cerco de Lisboa; outra, a de Raimundo Benvindo Silva, revisor editorial, a quem compete rever um livro sobre o cerco de Lisboa.

Biografia de Lisboa, de Magda Pinheiro, Esfera dos Livros
Gente, comércio, cercos e pestes, revoluções e invasões, batalhas, conquistas e derrotas, casas e mosteiros, ruas, lendas, mistérios. Lisboa na vida, na história, na biografia de Lisboa.


Os Maias, Eça de Queirós
História de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última com a história de amor entre Carlos da Maia e Maria Eduarda. Também há o jornalismo corrupto, personificado no director do jornal “Corneta do Diabo”. E sarcasmo, focado por Carlos e Ega e no Eusebiozinho com duas espanholas.

As Confissões de Félix Krull, Thomas Mann
Félix Krull faz-se passar pelo luxemburguês marquês de Venosta, numa viagem a Lisboa cheia de peripécias.

Uma noite em Lisboa, Erich Maria Remarque
Refugiados na II Guerra Mundial de passagem por Lisboa.

O último acto em Lisboa, Roberto Wilson
A história começa nos arredores de Lisboa e depois recua até à II Guerra Mundial, na Alemanha, nas terras do volfrâmio em Portugal e em Lisboa e faz todo o percurso histórico de novo até à actualidade. Reconstituição histórica muito bem informada.

A companhia de estranhos, Roberto Wilson
Lisboa, anos 40, ninhos de espiões na cidade e no Estoril. O autor está muito bem informado e não comete erros na história de Portugal e nos circuitos da cidade de Lisboa. E escreve bem.

A Casa da Rússia, John Le Carré
Espionagem na Guerra-Fria. Como habitualmente nos romances de Carré, os serviços secretos ingleses são levados no recrutamento de um dissidente soviético. O romance acaba bem, em Lisboa.

 O Santo e o Mistério de Lisboa, Leslie Charteris
Simon Templar, mais conhecido por O Santo, também teve uma aventura em Lisboa.

Comboio Nocturno para Lisboa, Pierre Mercier
Um professor universitário suíço surpreende e evita o suicídio de uma jovem portuguesa, o que é ponto de partida para conhecer um livro de um antifascista português. Curioso, vem a Lisboa procurar o passado do livro e do autor e o presente do país.

Lisboa, Lochery Neill
A Guerra nas sombras da cidade da luz, 1939-1945.

Gaivotas em Terra, David Mourão-Ferreira
Só um lisboeta de gema poderia ter escrito esse livro. São quatro excelentes novelas, narradas de quatro pontos de vista diferentes.

Enseada Amena, Augusto Abelaira
Um livro de época cujo alcance vai muito além do quadro social que lhe serve de referência e que é, antes de mais, essencialmente humano.

O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago
O protagonista é o heterónimo Ricardo Reis de Fernando Pessoa. Lisboa retorna a 1936, após uma ausência de 16 anos, e aí se instala observando e testemunhando o desenrolar de um ano trágico: o fascismo deixa antever um futuro negro na história de Portugal, Espanha e Europa.

Inverno em Lisboa, António Muñoz Molina
Lisboa começa por ser o título de uma peça de um músico de jazz que toca num clube em San Sebastian. Depois passa a ser um local de encontro e uma referência. Teremos sempre… neste caso, Lisboa… O autor nunca descreve qualquer acção em Lisboa e/ou arredores sem usar os termos sujo, suja, sujidade.

A Morte Branca, Pierre Kyria
O enredo desenvolve-se numa pensão de Lisboa e a trama do romance já foi considerada tipo Agatha Christie.

Afirma Pereira, Antonio Tabucchi
Afirma Pereira é um romance de Lisboa e de um autor que amava Lisboa, «uma cidade que cintilava sob a sua janela, e um azul, um azul incrível, afirma Pereira, de uma limpidez que quase feria os olhos».

A Escola do Paraíso, José Rodrigues Miguéis
A primeira infância do autor num dos melhores romances portugueses. A cidade do princípio do século, os primeiros automóveis, a cidade iluminada a gás, dos teatros do Príncipe Real, do animatógrafo, a cidade que acabava na Rotunda, para lá os campos de corridas ao Campo Grande.
O Que Diz Molero, Dinis Machado
A narrativa desenvolve-se a partir do diálogo entre duas personagens, Mister Deluxe e Austin, sobre o que diz uma outra personagem ausente, Molero, num relatório sobre um rapaz, Angel Face. Pode parecer banal mas é de facto mirabolante.

Casos do beco das sardinheiras, Mário de Carvalho
É um beco como outro qualquer, na parte velha de Lisboa. Uns dizem que é de Alfama, outros que é já da Mouraria e sustentam as suas opiniões com sólidos argumentos topográficos. A gente que habita o Beco tem sobre os outros lisboetas um apego ainda maior ao seu sítio e às suas coisas. Desde há muito tempo que não há memória de que algum dos do Beco tenha emigrado de livre vontade.

O Cavalo a Tinta-da-China, Baptista-Bastos
Um romance que interpela o destino português. “Retrato amargo e implacável do salazarismo e de Portugal. Um livro corajoso, comovente e desencantado sobre a alma e sobre a dor portuguesa”, acentuou Maria Teresa Horta. E um livro percorrido pelas ruas de Lisboa. 

Livro de bordo, José Cardoso Pires
Uma viagem pela cidade de alguém encantado com Lisboa, a história e a gente, muito rigorosa e muitíssimo bem escrita.

E ainda:
Era Lisboa e chovia, do embaixador Dário Moreira de Castro Alves, Lisboa através do que comiam a bebiam as personagens de Eça;
Peregrinações em Lisboa, de Norberto de Araújo;
Memória de Lisboa, de Rómulo de Carvalho (António Gedeão), com fotos, legendas e observações;
Lisboa Cidade Abril, de António Borges Coelho;
 Chiado o peso da memória, de António Valdemar;

E também:
O que o turista deve ver em Lisboa, o guia turístico de Fernando Pessoa publicado em Portugal só nos anos 90;
Deambulações por Lisboa de Alice Vieira em Esta Lisboa, com fotos de António Pedro Ferreira;  
Tejo, texto de Alice Vieira, 72 fotos de Neni Glock;
O poço da Cidade, de Ápio Sottomayor; 
Lisboa Desaparecida, de Marina Tavares Dias. 

E mais:
A poesia sempre incompleta sobre Lisboa, entre outros, de Cesário Verde, Álvaro de Campos, Alexandre O’Neill, Mário Cesariny, José Carlos Ary dos Santos, José Gomes Ferreira e Sophia de Mello Breyner Andersen.

E já agora:
Lisboa Revolucionária, Fernando Rosas (2 volumes).  

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