No ano em que se realizou em Lisboa a primeira Feira
do Livro as novidades literárias eram “O Homem que matou o diabo”, de Aquilino
Ribeiro, e “A Selva”, de Ferreira de Castro. Lá de fora chegavam “O homem sem
qualidades”, de Robert Musil, “Na minha morte”, de William Faulkner, “O falcão
de Malta”, de Dashiell Hammett, “A excepção e a regra”, de Bertold Brecht. Do
ano anterior ainda havia nos escaparates “O som e a fúria”, de Faulkner, “O
adeus às armas” de Hemingway.
A Feira do Livro realiza-se em Lisboa desde 1930,
organizada pela associação dos livreiros de Portugal, hoje APEL, inicialmente
no Rossio, instalando-se depois alguns anos na Avenida da Liberdade,
transitando mais tarde pela Rua Augusta e Praça do Comércio, até se fixar nos
últimos anos no alto do Parque Eduardo VII.
Feira já com pavilhões, mas ainda sem livros |
A 83ª edição da Feira do Livro de Lisboa - ou seja, a Feira realizou-se todos os anos desde 1930 - decorrerá entre 23 de Maio e 10 de Junho no Parque Eduardo VII e acolhe, pela primeira vez, uma extensão da Conferência de Edimburgo, um dos mais importantes encontros de literatura a nível mundial.
Organizada conjuntamente pela Associação Portuguesa de
Editores e Livreiros (APEL) e pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), a Feira do
Livro de Lisboa inclui no seu programa mais de 600 iniciativas promovidas pelos
editores e mais de uma centena de atividades, programadas pela autarquia.
Na apresentação da Feira do Livro, o presidente da
APEL, João Alvim, mostrou-se confiante quanto ao êxito desta edição. "No
ano passado registámos meio milhão de visitantes. Este ano queremos ultrapassar
esse número", adiantou. O otimismo manifestado é também justificado com as
muitas novidades programadas e com o vasto programa dedicado às famílias e às
crianças.
A Feira deste ano tem, entre outras novidades, a
criação de “espaços de leitura”, os serões de contos (em português e inglês),
ateliês, histórias para bebés, lançamento de livros e encontros com autores.
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