terça-feira, maio 21, 2013

Em princípio era a cerveja, depois veio a cervejaria


Da fusão da Fábrica de Cerveja Leão e da Companhia Portuguesa de Cervejas nasceu no início do século XX a Fábrica de Cervejas Germânia, que veio a instalara-se em 15 mil metros quadrados de terrenos anexos à Avenida Almirante Reis, em Lisboa. Com a eclosão da I Guerra Mundial a designação Germânia passou a ser politicamente incorreta, pelo que a Fábrica mudou a designação para Portugália, mais tarde denominada Companhia Produtora de Malte e Cervejaria Portugália.


Anexo à Fábrica de Cervejas existia uma porta com um balcão onde os clientes que aguardavam o abastecimento em barris se aviavam de cervejas avulso. Mas como a cerveja pede um acompanhamento sólido, não tardaram os petiscos, mariscos e finalmente os bifes. Em 1925 foi formalmente inaugurada a Cervejaria Portugália.

A Fábrica veio a ser nacionalizada após o 25 de Abril, como toda a indústria cervejeira e mais tarde devolvida aos antigos capitalistas.
 
 
 
 
 
E foi por opção dos proprietários que a Fábrica cessou a produção e a Portugália mudou a estratégia empresarial para uma rede de restaurantes por todo o País: Almirante Reis, Cais do Sodré, Belém, Centro Colombo, Centro Vasco da Gama, Amoreiras, Oeiras Parque, Centro Alegro (Alfragide), Cascaishopping, Almada Forum, Marina de Cascais, Setúbal, Porto (Foz), Forum Algarve, NorteShopping, Coimbra, Almada (Almada Forum), Leiria, Braga e Albufeira.

Da Fábrica de Cervejas resta uma ruína industrial sem grandeza nem dignidade, degradando-se à espera de um projeto que não anda.

Fotos Beco das Barrelas / D.R.

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