segunda-feira, março 16, 2015

Um jardim de Lisboa entre 250 jardins do mundo

A organização The Gardener’s Garden identificou os 250 jardins mais notáveis do mundo, entre os quais situou cinco jardins portugueses e destes um jardim de Lisboa: o jardim do Palácio de Fronteira.
Entre os jardins selecionados encontram-se alguns bastante previsíveis, tantas e tão frequentes são as nomeações que recebem. É o caso dos clássicos e inevitáveis jardins do Taj Mahal, na Índia; do Kew Gardens, em Inglaterra; os jardins de Versalhes, em França; do Alhambra, em Espanha; a High Line de Nova Iorque; ou o sítio de Roberto Burle Marx, no Brasil.
No capítulo dedicado ao Sudoeste Europeu - França, Espanha e Portugal -, surgem as cinco escolhas portuguesas:
Em Lisboa, os jardins do Palácio Fronteira, da Fundação Casas de Fronteira e Alorna (nas fotos);
No Porto, o Parque de Serralves, da Fundação do mesmo nome;
em Sintra, a Quinta da Regaleira, da CulturSintra; Nos Açores, o Parque Terra Nostra, propriedade do Grupo Bensaúde ligado à hotelaria; e a Quinta do Palheiro, ou Palheiro Estate, no Funchal, Madeira, propriedade da família Blandy.

Consideremos o jardim
Consideremos o jardim, mundo de pequenas coisas,
calhaus, pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes.
Sequências de convergências e divergências,
ordem e dispersões, transparência de estruturas,
pausas de areia e de água, fábulas minúsculas.


Geometria que respira errante e ritmada,
varandas verdes, direcções de primavera,
ramos em que se regressa ao espaço azul,
curvas vagarosas, pulsações de uma ordem
composta pelo vento em sinuosas palmas.




Um murmúrio de omissões, um cântico do ócio.
Eu vou contigo, voz silenciosa, voz serena.
Sou uma pequena folha na felicidade do ar.
Durmo desperto, sigo estes meandros volúveis.
É aqui, é aqui que se renova a luz.
António Ramos Rosa, in "Volante Verde"
Fotos Beco das Barrelas

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