quarta-feira, janeiro 14, 2015

Torres e torres erguendo...

Será que o Sheraton vai ter uma torre gémea?
Uma foto aérea com a simulação de um edifício de 17 andares construído no gaveto da Avenida Fontes Pereira de Melo com a Avenida 5 de Outubro, publicada no Facebook pela Associação de Moradores das Avenidas Novas, mostra a perspetiva sombria que se apresenta para aquele ponto da cidade de Lisboa: em mais um troço da Fontes Pereira de Melo deixará de brilhar o sol. A conjugação dos edifícios Imaviz, Sheraton, Forum Picoas e Saldanha Residence projetará sobre a Avenida uma zona permanentemente sombria.
E isto a troco de erguer “um emblema de futuro” e "atrair empresas" que têm deslocado a sua atividade para fora de Lisboa. As empresas talvez regressem, para entupir mais ainda a cidade, mas o sol não voltará. E o futuro não é necessariamente uma torre de escritórios e comércio. O futuro mais propriamente reside na vizinha Maternidade Alfredo da Costa.
A Associação de Moradores das Avenidas Novas contestou a construção da torre que é igualmente posta em causa numa petição que corre na internet. A petição frisa que “este conjunto irá esmagar visualmente o contíguo Museu Anastácio Gonçalves” e “implicará naturalmente um enorme aumento de tráfico de carros numa zona já com intenso movimento”.
O local previsto para a construção da torre está integrado na Zona de Proteção do Metro, Zona de Proteção da Maternidade Alfredo da Costa, Zona de Proteção da Casa de Malhoa/Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves e Zona de Intervenção do Aeroporto de Lisboa. Mas nenhuma destas condicionantes foi suficiente para que a Direção-Geral do Património Cultural, a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo e o Metropolitano de Lisboa emitissem pareceres desfavoráveis à execução da obra.
Texto e foto Beco das Barrelas 

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