Não, não vamos ressuscitar a polémica que eruditas argumentações artísticas e sábias congeminações científicas enterraram. A estátua ao centro do Rossio representa D. Pedro IV, como a designação da Praça consagra, e não o imperador Maximiliano do México, como rezava a lenda. O equívoco será mesmo ofensivo para a memória de D. Pedro, um monarca adiantado no seu tempo, que advogava o fim da escravatura, a independência do Brasil e o constitucionalismo em Portugal, contra os absolutistas, como seu irmão D. Miguel. Quanto a Maximiliano, ficou para a história como um “fantoche francês”, um imperador do México “importado”.
Parecenças físicas também não as havia. Mas no alto de um pedestal com 27,5 metros, a estátua poderia com efeito representar o Rei-Soldado, o Fantoche Francês ou o ator Tarcísio Meira, que fez de D. Pedro no filme Independência ou Morte.
Para além de toda a polémica, indiscutível é que a estátua, vista de cima e de perto, está coberta de uma patine pombalina e a pedir uma valente barrela.
Fotos de Francisco João (direitos reservados). Texto de João Francisco.
O D. Pedro da Av. dos Aliados do Porto, ee menos discutível iconograficamente do que do Rossio, pelo menos se tivermos em conta os retratos mais divulgados e, provavelmente, mais limpo também.
ResponderEliminara necessitar dum duche ou duma...barrela, porque não!?
ResponderEliminarsempre ouvi essa historia da troca e estava convencido que assim tinha sido (Quase uma decepção agora ao saber que não passava de aldrabice ou boato alfacinha)